Exclusivo: Lucas Katsurayama volta à rádio Gaúcha

Em conversa com a equipe de Coletiva.net, jornalista contou como foi voltar à emissora, após ficar um ano e três meses na Grenal

Lucas Katsurayama - Crédito: Arquivo

O jornalista Lucas Katsurayama tem 24 anos e, mesmo recém-formado, já adquiriu experiência no meio de Comunicação pelo qual sempre foi apaixonado: o rádio. Aos 19 anos, entrou como estagiário na Gaúcha, até ser contratado como produtor, somando um total de três anos dentro do Grupo RBS. Depois, passou pela rádio Grenal, onde ficou por um ano e três meses para retornar agora ao dial 93,7 do FM de Porto Alegre. Procurado pela equipe de Coletiva.net, ele contou em entrevista exclusiva como foi a passagem pelos dois veículos e destacou momentos importantes da trajetória profissional e pessoal. Confira o bate-papo abaixo: 

1 - Dizem que o bom filho à casa retorna. É verdade?

Sim! Foi por causa da rádio Gaúcha que eu me interessei pelo Jornalismo Esportivo e por culpa dela que eu comecei, já que foi a minha primeira experiência profissional na área. Quando saí do estágio, no início de 2019, eu ainda estava muito "verde", mas deixei boas impressões de quem estava amadurecendo e podia evoluir. Escutei que as portas estariam abertas e foi exatamente isso que aconteceu. Fico feliz em voltar e fui muito bem recebido! 

2 - Você poderia relatar  sobre a experiência de viver os cinco anos de estágio da Gaúcha, do tempo na rádio Grenal e o seu retorno? 

Por mais que eu gostasse do meio, eu sabia muito pouco antes de entrar. Precisei de um tempo (e admito que não foi pouco) já dentro do mercado para começar a entender o funcionamento. Nunca faltou vontade e profissionalismo, mas sim conhecer a "brincadeira". Entendo que evoluí muito profissionalmente na produção da Copa do Mundo de 2018, que me exigiu muito e me obrigou a crescer "na marra". Depois disso, senti que já estava dominando melhor a produção em rádio. Saí, morei fora, voltei, cheguei ao final do curso de Jornalismo e decidi voltar para o mercado. A rádio Grenal abriu as portas pra mim em um momento bem delicado do mercado, em novembro de 2020, em meio à pandemia. Tive experiências incríveis! 

Eu tinha cargo de coordenação, o que exigiu muito envolvimento, dedicação e organização. Se no estágio na Gaúcha eu aprendi produção, na Grenal eu aprendi o rádio esportivo como um todo. Ajudava na logística, na gestão e no produto. Tudo isso me fez ter um entendimento muito maior do todo. Fora as oportunidades no ar, algo que desenvolvi muito, desde fazer reportagem até apresentar programas. Mas também me sentia muito novo para tantas responsabilidades, pulei algumas etapas que ainda preciso aperfeiçoar. O retorno para a Gaúcha foi uma confirmação de um bom trabalho que fiz no estágio lá atrás e também agora na Grenal. Foi um reconhecimento. Sou muito grato às duas empresas por confiarem e apostarem em mim. 

3 - Quais foram os momentos mais marcantes na Gaúcha e Grenal? 

Na Gaúcha, os primeiros dias foram muito marcantes por ter a oportunidade de conhecer pessoas que cresci escutando. Guardo também com bastante carinho o primeiro boletim, a primeira entrevista e a cobertura da Copa do Mundo de 2018.

Na Grenal, realizei alguns dos meus principais sonhos. A primeira jornada como repórter, o primeiro programa que apresentei, a primeira viagem, o primeiro jogo no gramado e algumas coletivas marcantes, como as apresentações de Douglas Costa e do D'Alessandro.

4 - Você ainda é muito novo e entre um trabalho e outro, passou um tempo fora do Brasil. Como foi essa experiência?

Incrível! Com certeza foi uma das melhores fases até aqui. Morei cinco meses em San Diego (Califórnia), turistei dentro dos Estados Unidos e ainda fiz um mochilão de um mês pela Europa (Alemanha, Irlanda, Inglaterra, França, Bélgica e Holanda). Isso foi entre abril e outubro de 2019. Foi desafiador, principalmente, e muito bom! Fiz amizades para a vida, conheci culturas diferentes e aprendi a me virar sozinho em várias oportunidades. Amadureci muito! Mas meu foco sempre foi a carreira aqui no Brasil, então era algo passageiro e eu sabia que queria voltar.

5 - Que conselho você daria para os estudantes de Jornalismo que desejam trabalhar com o Esporte em rádio?

O principal é: escutem rádio! E mais do que isso: reflitam sobre para entenderem o porquê disso e daquilo, a lógica do funcionamento. Tenham boas referências naquilo que querem seguir. As possibilidades são diversas dentro do nicho "rádio esportivo" e é sempre bom ter um norte. Duas possibilidades são, por exemplo, ser "isento" ou "identificado". Cada uma proporciona diferentes caminhos, sem um certo ou errado. Vai muito da pessoa. Eu sempre recomendo escolher o "isento" no início. Quer se identificar depois? Legal! Mas aí é um caminho sem volta e é melhor ter certeza. Eu não descarto me identificar um dia, mas não acho que isso vai acontecer. Ainda posso optar por qualquer um dos dois. E, se for isento, melhor já ir cuidando das redes sociais desde cedo...

6 - O que se imagina fazendo nos próximos anos?

Quero me consolidar na produção, primeiro. Sentir que domino o que faço. Depois, ainda dentro de cinco anos, quero voltar para a reportagem, que é o que sempre quis. Prezo muito por um trabalho sério e responsável. Nesse tempo, vou poder aprender muito na troca com os colegas sobre a apuração. Quero desenvolver bastante o tato de produtor, a construção na reportagem e as técnicas de Comunicação.

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