Exposição na ARI reúne mulheres fotógrafas associadas à Arfoc-RS
Mostra, que permanece aberta até o final de abril, é fruto de uma iniciativa de valorização e de incentivo à participação feminina

No último sábado, 15, foi inaugurada a exposição 'Fotojornalismo por Elas', na sede da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), que está localizada no Edifício Alberto André, na avenida Borges de Medeiros, 915 - Centro Histórico, em Porto Alegre. A exibição destaca o olhar e a sensibilidade de mulheres fotógrafas filiadas à Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (Arfoc-RS). A mostra, que está aberta até o final de abril, é resultado de uma iniciativa para valorizar e incentivar a participação feminina no Fotojornalismo.
Atualmente, a Arfoc-RS conta com mais de 40 mulheres entre repórteres fotográficos e profissionais de mídia social. Segundo Rodrigo Ziebell, presidente da Associação, a gestão busca ampliar a presença feminina, criando oportunidades e incentivando a participação. A Arfoc enviou um convite prévio para as associadas que desejavam participar da exposição, sendo que nove delas foram enviadas. "Nunca houve um movimento da Associação para reconhecer essa presença feminina, e esse é um passo importante", comentou Ziebell, em entrevista ao Coletiva.net.
Entre as fotógrafas associadas estão: Bianca Dornelles, Camila Hermes, Carol Nogueira, Dayana Giacomini, Duda Fortes, Káren Rodrigues, Lenita Maraschin, Liamara Polli e Renata Medina. "Ainda há desafios, porque algumas mulheres não se sentem encorajadas a ingressar na área, mas temos trabalhado para mudar isso. Sabemos que o ambiente do Fotojornalismo pode ser hostil para as mulheres, que ainda precisam enfrentar casos de assédio, mesmo que velado, mas nossa gestão busca apoiar e fortalecer o exercício profissional das fotógrafas", afirmou.
Para ele, a presença de mais mulheres no Fotojornalismo traz um diferencial no olhar e nas relações profissionais. "Acredito que as fotógrafas têm mais sensibilidade no trato com as pessoas, têm mais paciência e evitam o confronto direto. Elas se acolhem mais, cumprem regras e são mais parceiras", concluiu.