Fenaj declara apoio a jornalistas argentinos

Federação condena atos do presidente Javier Milei após político fechar a Agência Nacional de Notícias e Publicidade - Télam

Fenaj se coloca à disposição de sindicatos e federações argentinas para apoiar na resistência - Crédito: Reprodução

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiu um comunicado em que repudia os "ataques do governo de extrema direita de Javier Milei" contra a Comunicação Pública da Argentina. A instituição manifestou apoio aos jornalistas do país após o fechamento, nesta segunda-feira, 4, da Agência Nacional de Notícias e Publicidade - Télam, órgão fundado há quase 80 anos e responsável por abastecer veículos locais com serviços jornalísticos em texto, áudio, vídeo e fotografias.

A sede foi fechada e cercada por grades e policiamento para impedir o acesso dos mais de 700 trabalhadores empregados pela empresa de Comunicação Pública. "Em uma política de guerra à classe trabalhadora, Milei decretou uma série de medidas que tem o objetivo de destruir os direitos trabalhistas e a organização sindical, além de promover uma política econômica de 'austericídio' que leva à população argentina a sofrer com índices jamais vistos de aumento da fome e da extrema pobreza", declara a nota.

A federação ainda afirma que os jornalistas brasileiros já passaram por momentos semelhantes em um período recente, destacando que o "golpe" contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, seguida da eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, definiram um período de ataques e desmonte à Comunicação Pública do Brasil. De acordo com o comunicado, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) sofreu " sucessivas tentativas de sucateamento e privatização", porém, conseguiu resistir com o esforço da categoria.

Além disso, a nota faz comparações entre Milei e Bolsonaro, dizendo que ambos "carregam os genes do obscurantismo, do autoritarismo e do desprezo ao seu povo" e coloca a Fenaj à disposição da Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa (Fatpren) e do Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBA). "As lutas de nossa categoria se estendem por toda a América Latina e o restante do mundo. Resistir e derrotar a extrema direita é uma necessidade vital para que as e os jornalistas possam exercer seu trabalho com dignidade e direitos. Resistiremos e venceremos", encerra.

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