Fenaj declara apoio a jornalistas argentinos

Federação condena atos do presidente Javier Milei após político fechar a Agência Nacional de Notícias e Publicidade - Télam

06/03/2024 17:00
Fenaj declara apoio a jornalistas argentinos /Crédito: Reprodução

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiu um comunicado em que repudia os ?ataques do governo de extrema direita de Javier Milei? contra a Comunicação Pública da Argentina. A instituição manifestou apoio aos jornalistas do país após o fechamento, nesta segunda-feira, 4, da Agência Nacional de Notícias e Publicidade - Télam, órgão fundado há quase 80 anos e responsável por abastecer veículos locais com serviços jornalísticos em texto, áudio, vídeo e fotografias.

A sede foi fechada e cercada por grades e policiamento para impedir o acesso dos mais de 700 trabalhadores empregados pela empresa de Comunicação Pública. ?Em uma política de guerra à classe trabalhadora, Milei decretou uma série de medidas que tem o objetivo de destruir os direitos trabalhistas e a organização sindical, além de promover uma política econômica de 'austericídio' que leva à população argentina a sofrer com índices jamais vistos de aumento da fome e da extrema pobreza?, declara a nota.

A federação ainda afirma que os jornalistas brasileiros já passaram por momentos semelhantes em um período recente, destacando que o ?golpe? contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, seguida da eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, definiram um período de ataques e desmonte à Comunicação Pública do Brasil. De acordo com o comunicado, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) sofreu ? sucessivas tentativas de sucateamento e privatização?, porém, conseguiu resistir com o esforço da categoria.

Além disso, a nota faz comparações entre Milei e Bolsonaro, dizendo que ambos ?carregam os genes do obscurantismo, do autoritarismo e do desprezo ao seu povo? e coloca a Fenaj à disposição da Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa (Fatpren) e do Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBA). ?As lutas de nossa categoria se estendem por toda a América Latina e o restante do mundo. Resistir e derrotar a extrema direita é uma necessidade vital para que as e os jornalistas possam exercer seu trabalho com dignidade e direitos. Resistiremos e venceremos?, encerra.