O mercado publicitário gaúcho debateu como a Inteligência Artificial está impactando e transformando a criatividade, os profissionais e a cultura das agências no mais recente 'Frente a Frente', promovido pelo Sistema Nacional das Agências de Propaganda do Rio Grande do Sul (Sinapro). O evento, realizado na última semana, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (Espm-Sul), em Porto Alegre, reuniu mais de 50 lideranças do setor.
Com o tema 'Inteligência Artificial e a Cultura da Mudança nas Agências', os participantes compartilharam insights, experiências e buscaram soluções conjuntas para o assunto, considerado como um desafio coletivo. Com a casa lotada, o encontro provocou reflexões, discussões e questionamentos.
O presidente do Sinapro-RS, Juliano Brenner Hennemann, afirmou que foi oportunizado um debate sobre o impacto da ferramenta no dia a dia das agências. ?Mais do que tecnologia, o destaque foi para as pessoas, e isso ficou evidente com mais de 50 líderes das principais agências do Rio Grande do Sul reunidos em um evento que revela a maturidade de um mercado que escolhe evoluir de forma coletiva?, destacou.
Convidados
O 'Frente a Frente' contou com a participação de três convidados que trouxeram suas visões e percepções sobre o tema e compartilharam como suas agências têm enfrentado os desafios e oportunidades da tecnologia. Os participantes acompanharam os painéis de Alexandre Skowronsky, fundador e CEO da Global; Fábio Henckel, sócio e diretor de Criação da SPR; e Roberto Ribas, diretor de Estratégia da Brivia.
Sobre as palestras
Alexandre Skowronsky destacou o novo contexto provocado pela IA com três impactos importantes na indústria criativa: revolução tecnológica, cultural e regulatória. ?Com a IA será necessário reaprender o modo de fazer as coisas. Vamos ter que combinar inteligência, cultura e agilidade nesta jornada transformadora.?
Fábio Henckel instigou a plateia a pensar e a traçar um paralelo mental entre como era antes e após a IS, utilizando para esse exercício alguns prompts, entradas de texto para instruir a ferramenta, e o pensamento divergente. ?Temos que pensar o que não era possível fazer no dia a dia das agências antes da IA. Os ganhos que ela trouxe é que nos levarão para outros patamares na Publicidade.?
Roberto Ribas fechou o painel compartilhando como a Brivia está trabalhando a IA internamente, com a equipe, nos escopos e nos processos, e os resultados que estão sendo colhidos. De acordo com ele, muitas agências e empresas usam a ferramenta para produtividade, operações internas ou para desenvolver novas soluções. ?No nosso caso estamos usando a IA principalmente para melhorar a nossa entrega de valor com a plataforma que chamamos de Briv.IA.?