Informalidade no mercado jornalístico é debatida no 19º Congresso da Abraji

Conferência da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo contou com a participação de profissionais do mercado

23/07/2024 16:30 / Atualizado em 23/07/2024 17:14
Informalidade no mercado jornalístico é debatida no 19º Congresso da Abraji /Créditos: Emilly Cassiano

Durante o 19° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), discutiu-se sobre os temas: CLT, freelancer e quem assegura os direitos dos profissionais em carreira solo. Além disso, debateu-se as mudanças no padrão de trabalho no Brasil. A conferência, mediada por Joana Suarez, contou com a participação das jornalistas Adriana Amâncio, Kátia Brasil, Samira de Castro e Sanara Santos.

O tema surge em meio a uma queda no número de jornalistas contratados pelo regime CLT. De acordo com um recente levantamento realizado pela Abraji, em 2013 mais de 60 mil jornalistas atuaram nesse formato. Já em 2022, o número cai para 40 mil, o que significa uma redução de 20,5%, ou ainda, 12 mil oportunidades a menos. As participantes compartilharam impressões e experiências a respeito da atuação como profissionais freelancers, em modelo de Pessoa Jurídica (PJ) ou como Microempreendedoras Individuais (MEIs).

Para Samira de Castro, é fundamental que as organizações, ao captarem recursos para seus projetos jornalísticos, revejam os custos de contratação de jornalistas, prevendo os encargos sociais da CLT. ?Sabemos que as entidades sem fins lucrativos terão dificuldades de convencer seus financiadores, mas a transparência é fundamental, tanto de quem contrata quanto de quem é contratado.?