Presidente do Grêmio chama jornalista de "filho de chocadeira"

Mandatário do clube não teria gostado de uma informação dada por Diogo Rossi

Caso aconteceu durante uma entrevista coletiva no hotel em que o Grêmio está hospedado, em Minas Gerais - Crédito: Reprodução

Na última terça, 26, uma situação desconfortável abalou a imprensa esportiva do Rio Grande do Sul. Isso porque, durante uma entrevista coletiva, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, atacou o jornalista Diogo Rossi ao chamá-lo de "desqualificado (?) e filho de uma chocadeira". O mandatário do clube não teria gostado de uma informação dada pelo jornalista e ainda disse que a mesma seria falsa.

O caso se iniciou ainda na manhã de ontem, durante o programa 'Futebol Alegria do Grêmio', atração da Rádio Imortal e do canal de Alex Bagé, quando Rossi informou: "Recebi a informação de que o jogador Martin Braithwaite foi na sala do presidente para passar descontentamentos em relação aos treinamentos do dia a dia". O relato foi ampliado também no 'Debate Raiz'.

Na entrevista

Durante a entrevista, que aconteceu no fim do dia na concentração do time - que está em Minas Gerais, onde enfrentará o Cruzeiro hoje, 27, - ao ser questionado sobre a informação de Rossi, Guerra esbravejou: "Eu tenho até que cuidar as palavras para falar do caso, pois isso não é um colega de vocês. Ele é um desqualificado, eu acho que ele não deve ter sido parido, ele deve ser filho de uma chocadeira, para falar uma bobagem dessas."  

No 'Debate das 7', programa das 19h, atração anexa ao canal 'Debate Raiz', o colega de bancada Leonardo Meneghetti repudiou os termos usados. "O presidente tem o total direito de não gostar da informação e desmenti-la. No entanto, ele trouxe o diálogo para um nível que talvez não esteja acostumado a navegar. Se esse é um diálogo novo, a imprensa também pode se habituar", disse. 

No mesmo programa do início da noite, Rossi também relatou o seu lado sobre o ocorrido. "Eu não tenho muitas coisas para dizer a não ser a minha total incredulidade sobre o caso. Eu estou na imprensa há muito tempo e, por isso, não me abalei. O que me chateou foi citar a minha mãe, que não tem nada a ver com isso". Para a reportagem de Coletiva.net, o profissional disse: "No momento, me resguardar." 

Ao portal, o presidente da Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Aceg), Rogério Amaral, afirmou: "Pessoalmente, considerei duras as considerações do presidente gremista a respeito do repórter Diogo Rossi. Vamos encaminhar para a Comissão de Ética e, na sequência, ao Conselho Deliberativo da entidade." 

A equipe de Coletiva.net também procurou o Grêmio a fim de uma manifestação sobre o caso. No retorno, o executivo de Comunicação do clube, Eurico Meira, informou que "não haverá uma manifestação sobre o que o presidente disse."

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