Presos homens que planejavam assassinar Giovani Grizotti

Suspeitos de contrabando de soja tiveram ligações telefônicas interceptadas pela PF

06/12/2023 10:00 / Atualizado em 06/12/2023 10:21
Presos homens que planejavam assassinar Giovani Grizotti /Crédito: Reprodução/TV Globo

Dois homens foram presos pela Polícia Federal (PF), nesta terça-feira, 5, suspeitos de contrabando de soja na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. A partir da interceptação de ligações telefônicas entre ambos, a investigação também descobriu que eles planejavam assassinar o repórter do Grupo RBS Giovani Grizotti. 

Nas conversas, um dos homens presos diz que as reportagens do jornalista forçam a polícia a investigar casos. Com isso, o outro sugere matar Grizotti, ideia que foi apoiada pelo comparsa. Em outubro de 2022, o profissional mostrou, no 'RBS Notícias' e no 'Jornal Nacional', da TV Globo, o esquema de contrabando do grão na fronteira, em que levou ao público imagens flagrantes da ação de quadrilhas.

Confira o diálogo entre os suspeitos:

Suspeito um: ?Não é denúncia. É aquele Grizotti, investigador da Rede Globo. Fica procurando 'sarna pra se coçar' e daí ele pega vai e faz essas investigações e larga em rede nacional. Daí, ele força a polícia a ir atrás disso aí, né?? (sic.)

Suspeito dois: ?Manda matar. Você acha que para?? (sic.)

Suspeito um: ?Eu acho que vai parar pros pequenos, mas pros caras que têm mais coragem, eu acho que o brique melhora, fazendo isso eu acho que o brique melhora.? (sic.)

Em seu perfil no X, Grizotti compartilhou uma captura de tela com uma matéria sobre o caso e comemorou a ação da força policial. ?Polícia Federal de parabéns?, escreveu. Na publicação, ainda, diversos seguidores apoiaram o jornalista e o parabenizaram pelo seu trabalho. 

A investigação

A prisão dos dois suspeitos faz parte de uma ação da PF deflagrada nesta terça-feira, 5, com o cumprimento de 59 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão em cinco estados: Maranhão, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além do Rio Grande do Sul. De acordo com a polícia, o grupo utilizava portos clandestinos para facilitar a entrada desses produtos no Brasil e realizava o pagamento das mercadorias a empresas de fachada. A investigação corre em segredo de justiça e a identidade dos presos não foi divulgada.