Produção nacional trata sobre vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

Jornalista paulista lança documentário 'O Câncer Não Espera', sobre pacientes oncológicos durante a tragédia

A bilheteria será 100% destinada aos trabalhos com pacientes oncológicos do Sistema Único de Saúde - Crédito: Banco de Imagens/Canva

A jornalista paulista Lu Braga lançará o documentário 'O Câncer Não Espera'. A produção é sobre os pacientes oncológicos vítimas das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. O evento será em 27 de setembro, às 15h, no Cinemark do Shopping Pátio Paulista, em São Paulo, e a bilheteria será 100% destinada aos trabalhos com pacientes oncológicos do Sistema Único de Saúde (SUS). A obra traz relatos de pessoas que perderam casas, documentos, medicamentos, mas, apesar de tudo, seguem firmes na luta pela vida.

O documentário conta com a participação do médico oncologista Antônio Carlos Buzaid, diretor médico geral do Centro de Oncologia e Hematologia da BP, que ressalta na obra que os pacientes gaúchos precisam de atenção. "O atraso no tratamento pode reduzir as chances de evoluir bem ou até mesmo de curar", ressalta.

Dona Solange Cardozo Herold, de São Leopoldo, é uma das personagens da obra. Ela estava ansiosa para se ver no cinema, mas não resistiu e morreu recentemente, devido às complicações de um câncer metastático. Diagnosticada com câncer de intestino, acabou sendo abandonada pelo companheiro de quarenta anos. Foi acolhida pela nora, sua companheira durante o tratamento. Por causa das enchentes, as duas ficaram em um abrigo oncológico, em Porto Alegre, para dar continuidade ao ciclo quimioterápico.

O senhor Osmar Schefer, morador do bairro Rio dos Sinos, em São Leopoldo, teve a casa tomada pelas águas. Em tratamento contra um câncer de bexiga, com incontinência urinária, ele usa, no lugar de fraldas, sacolas plásticas. Vivendo em extrema vulnerabilidade social por causa da enchente, ele conta que o sentimento é desolador. "Ninguém imagina o que estamos vivendo. Fui resgatado por vizinhos. A água subiu até quase o telhado. Perdemos tudo. O sentimento é de total abandono. As cenas são de terror, de muita dor e tristeza", afirma.

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