Inclusão e tecnologia: 'Festival Olhe Pra Cima' lança recursos digitais para ampliar acesso à arte pública
Com o objetivo de promover inclusão, festival combina tecnologia e acessibilidade para democratizar o acesso à arte pública

O 'Festival Olhe Pra Cima' concluiu sua terceira edição com novidades que unem tecnologia, acessibilidade e arte pública em Porto Alegre. Entre os destaques, estão a criação de filtros de realidade aumentada para os murais e a implementação de audiodescrição para pessoas com deficiência visual. A iniciativa será apresentada em evento amanhã, 12, no Centro Histórico da Capital gaúcha.
A nova funcionalidade permite que os visitantes usem filtros no Instagram ou acessem o site do festival para interagir com os murais. "Essa funcionalidade vai enriquecer ainda mais nossas caminhadas guiadas que ocorrem de forma gratuita", pontua Vinicius Amorim, curador do evento.
Já a audiodescrição, disponível no YouTube do festival e outras plataformas, busca incluir novos públicos na apreciação das obras. "O YouTube é considerado uma das plataformas de conteúdo mais acessíveis para os cegos e pessoas com visão reduzida, porque através de aplicativos para o celular é possível navegar pela plataforma com facilidade e encontrar o respectivo conteúdo", complementa Milena Schneid Eich, especialista em audiodescrição.
Além das ações tecnológicas, o festival promoveu uma intervenção artística no bairro Sarandi, com a participação de dez artistas, em parceria com o Coletivo Abrigo. A iniciativa transformou um espaço afetado pelas enchentes em uma galeria a céu aberto, reafirmando o compromisso social do projeto.
Desde sua criação, em 2021, o 'Festival Olhe Pra Cima' já realizou mais de seis metros quadrados de intervenções artísticas em Porto Alegre, com 13 murais espalhados pela cidade. Com financiamento do Pró-Cultura RS e apoio de marcas como Tintas Renner e Elev Energy Drink, o evento segue transformando a capital dos gaúchos.