Livro sobre a arte gaúcha do couro será lançado nesta noite em POA

Apresentação da obra será acompanhada pela abertura de uma exposição de peças relacionadas ao ofício campeiro

Lançamento ocorre nesta noite - Divulgação

Hoje à noite, a partir das 18h, o casal Fernanda Valente de Souza e Rodrigo Lobato Schlee lança o livro 'Guasqueiro: A Arte Gaúcha do Couro no Apero Crioulo'. A obra é resultado de mais de duas décadas de pesquisas sobre o ofício campeiro de trabalhar o couro cru para criar peças de montaria, vestimentas e utensílios que fizeram parte do cotidiano dos primeiros gaúchos e povos originários da região do Prata. O evento acontece no Foyer do Multipalco do Theatro São Pedro (rua Riachuelo, 1089 - bairro Centro Histórico), em Porto Alegre, juntamente com a abertura de uma exposição com itens relacionados ao trabalho. 

Produzido pela Fructos do Paiz, a publicação conta os primórdios do uso do couro na região e a versatilidade. A obra também mostra aplicações, ferramentas, técnicas tradicionais e explica termos. Ainda, destaca a história e a importância cultural do trabalho em couro na tradição gaúcha. O título remonta ao linguajar regional, no qual o homem campeiro também é chamado de 'guasca'. A palavra, originada do dialeto quechua, significa pedaço ou tira de couro cru.

A mostra 'Guasqueiro' incluiu parte do acervo de mais de mil peças recolhidas e confeccionadas pelos autores. Entre eles estão artefatos como barcos de couro primitivos, equipamentos de montaria e armas tradicionais. O intuito é proporcionar aos visitantes uma demonstração do patrimônio e da evolução da arte gaúcha. A exibição ficará até sábado, 27, na Capital. Depois seguirá para Pelotas (2, 3, 5 e 6 de junho) e Gramado (16, 19, 20 e 21 de junho), onde o casal vive, tem um atelier e é proprietário da Matería Capitão Rodrigo, comércio cultural e escola do mate.

Naturais de Pelotas, para escrever o livro, Rodrigo e Fernanda pesquisaram em literaturas no Estado, na Argentina e no Uruguai, viajaram a locais históricos também nos países vizinhos, realizaram investigações antropológicas e buscaram por antigos guasqueiros. O projeto visa promover e preservar a habilidade dos trabalhadores, compartilhar a história e técnicas com novos públicos, reconhecendo esse ofício como um patrimônio cultural imaterial da região.

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