Dia Mundial do Rádio: Diálogo, democracia e evolução

Por Alexandre Gadret

Quantas vezes o rádio foi a plataforma que levou, logo no início da manhã, a informação mais relevante do dia para você? Por quantas vezes este mesmo assunto foi determinante para os diálogos ao longo do dia, seja no trabalho, em casa, na faculdade ou mesmo na fila do mercado, com "estranhos"? Faço essas indagações porque elas nos remetem ao que justamente o rádio representa: debate, diálogo, notícia e também a alegria de entretenimento saudável e gratuito. É um companheiro diário no carro, na rua, em casa e essa onipresença não está, nunca esteve e nunca estará comprometida de forma alguma. O motivo? O rádio tem a capacidade de delinear vidas.

Estamos falando de um meio de comunicação reativo e altamente envolvente, com mais de um século de existência - desde a primeira transmissão de som sem fio -, que, ainda sem carecer de uma atenção visual, capta ouvintes pelo carisma de cada comunicador, pela conexão emocional em cada programação musical e pela forma única de cada emissora transmitir suas notícias, sejam elas locais, nacionais ou internacionais.

O Dia Mundial do Rádio foi criado com um intuito regido pela tolerância: a data celebra e tenta conscientizar sobre a importância do rádio enquanto uma plataforma única para o entretenimento, para o diálogo e o debate democrático sobre questões relevantes. Penso que essas premissas nos fazem olhar atentamente para este elo entre o rádio e o cotidiano das pessoas, da capacidade de ser cada vez mais atual, principalmente em tempos de alta geração de valor pela tecnologia. O rádio evolui junto com o mundo online e mantém a mesma proximidade com seu público como quando foi criado. É atemporal.

A missão que temos nessa data comemorativa é voltar nossas atenções para o papel insubstituível que o meio desempenha em tempos atuais, com a constante necessidade de verificação das informações, de movimentos políticos e econômicos cada vez mais rápidos, e sobre como o rádio se torna fundamental na atividade de levar cada dado com qualidade de checagem e, ainda, chamar o povo para "dentro" de cada estúdio, seja na participação ao vivo ou pela proximidade que gera quando o comunicador transmite uma mensagem direta a cada ouvinte como se este fosse o único. O rádio é um dos instrumentos mais fiéis da democracia: gratuito, ele envolve a todos sem distinção, com amplo alcance, pela possibilidade emocionante de acompanhar a vida dos cidadãos exercendo a mais pura comunicação.

Alexandre Gadret é presidente da Rede Pampa de Comunicação.

 

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