Ao menos sete em cada 10 empresas do varejo no Rio Grande do Sul foram afetadas pelas enchentes. O dado, provindo de um estudo da Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV), ainda apontou que, somente em uma semana, os varejistas perderam R$ 600 milhões considerando-se somente os impactos em Porto Alegre. Para amenizar as perdas e auxiliar em uma retomada após o período de desastres climáticos que assolaram o Estado, organizações realizaram as mais diversas ações. Exemplo disso é a Vero, rede de pagamentos do Banrisul, que doou máquinas de cartão para os comerciantes que perderam tudo.

Conforme Antônio Carlos Antunes, diretor Comercial da Banrisul Pagamentos, assim como ocorreu durante a pandemia, quando a Covid-19 fechou o comércio, a Vero atuou de forma rápida e com muita proximidade junto aos lojistas. "Sabemos que ter o equipamento ativo é fundamental para poder receber pagamentos e grande parte deles havia perdido ou danificado seus equipamentos nas enchentes. Por isso, fomos a primeira credenciadora a oferecer a substituição gratuita das máquinas de cartão dos lojistas atingidos pelas enchentes, até mesmo aqueles que não eram nossos clientes."

Além disso, houve também a isenção da mensalidade aos atingidos por diversos meses. "Ao total, foram mais de quatro mil máquinas de cartão distribuídas desde os primeiros dias de crise, de forma extremamente ágil", relata. Contudo, com o intuito de auxiliar o maior número de comerciantes, a Vero contou com uma campanha de mídia, que envolveu TV, rádio e meios digitais.

"Também realizamos ações de marketing direto, pois era importante que a mensagem fosse ouvida por todos: neste momento tão desafiador, a Vero segue ao lado de todos os gaúchos. Este era o recado", recorda. Tão logo a campanha foi iniciada, os canais da Vero foram imediatamente tomados de pedidos de novos equipamentos. "Essas máquinas chegavam até o comerciante em um ou dois dias. Essa ação ficará marcada na nossa história.

Retomada

No último Boletim de Conjuntura apresentado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), publicado em outubro de 2024, observa-se sinais positivos, com o aumento do consumo e arrecadação de impostos (ICMS). No documento, ainda é possível analisar que as vendas do comércio cresceram após as enchentes. As maiores altas foram verificadas nas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, móveis e eletrodomésticos, veículos, motocicletas,
partes e peças e material de construção.

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