Ano acabando... Dir-se-ia "apagando as luzes". Mas falemos de acender as luzes. Sim, luzes de expectativa, de melhor ânimo, de menos tristeza. Não, não estamos num mar de rosas. Há muito o que fazer ainda e há muito pelo que torcer. 

Torcer para que palestinos, pequenos e adultos, parem de morrer às pencas. Esperar que hermanos à sudoeste tenham calma e serenidade, apesar do futuro tão preocupante. Desejar que a polarização no País amenize e que, neste Natal, os abraços em família retornem sem que se perca tempo em discussões menores, que povoaram nossas casas até bem pouco tempo.

Sonhar com mais bem-estar social para a maioria da população, e esquecermos de pneus, ETs, bombas e tapas na cara. Deixar para trás o sexo dos outros e suas opções de crenças. Que tenhamos mais Novo Testamento que Antigo, e que domemos as pandemias que ainda virão, assim como as intempéries climáticas que, enfim, conseguimos provocar.

O outro ano será melhor, acredite. Até mesmo, e especialmente, para a Comunicação. Ela é caixa de ressonância da sociedade. Que não faltem notícias boas e não falsas, e que a indústria, o varejo, o agro sigam com sinais promissores para que informação e propaganda de qualidade voltem a ser item número um da pauta do cotidiano.

Eu não tenho dúvida: o menos favorecido comprando mais, comendo mais, vestindo-se melhor, morando com dignidade, esses aspectos serão a mola propulsora da economia. Se não forem porque em essência queremos todos um País mais justo, que o seja pela quantidade que eles representam na base da pirâmide econômica. A matemática não admite desaforos. Mais dinheiro na mão de muitos, mais produção para atendê-los, é o que um país precisa.

Meu ofício é vender, mas também é ouvir, conversar, saber... Não posso dizer que todos estão confiantes. É normal. Menos ainda achar que todos chegaram até aqui com bons resultados e fartura na conta corrente. Mas por isso não podemos apagar as luzes. Temos de acendê-las! Temos de clarear o caminho, jogar claridade nas relações e termos gana, muita gana. De superar desafios, de crescer pessoal e profissionalmente, de ampliar o afeto. Na Comunicação, falamos dos outros, pros outros e pelos outros. Somos remunerados para isto.

Que saibamos, no ano que entra, sermos os comunicadores de nós mesmos, ainda que cambaleantes. Que propagandeemos o bom, o legal, o bacana. Que informemos apenas a verdade e o que importa. Não será tão difícil quanto já foi. Somos sofridos, machucados. Mas quem me lê, chegou até aqui. Muitos ficaram pelo caminho, material, física e espiritualmente. 

Então, celebremos o tempo que aí vem, com luzes. Muitas luzes. Da ciência, do saber, do prazer, do afeto e da alegria. E acima de tudo do respeito. Esqueçamos os desafetos. O tempo se encarregará de mostrar onde estava a verdade e a razão (eu que o diga!)

Eu e a equipe do Coletiva.net, da Coletiva.radio, da Coletiva.tv e da revista Tendências desejamos a todos um grande Natal e uma excelente virada de ano. Acendendo mais e mais luzes.

Iraguassu Farias é diretor Comercial de Coletiva.net