Não é todo dia que um meio de comunicação - seja ele impresso ou digital - consegue somar 25 anos de atuação num mercado tão concorrido e exigente. Pois o portal Coletiva.net, no dia 26 de abril, celebrou suas Bodas de Prata. O que começou com uma simples folha de fax, história magnificamente relatada pelo querido Vieira da Cunha (um dos fundadores do Coletiva) na sua coluna de segunda-feira, é hoje um portal respeitado, canal de YouTube, emissora de rádio e revista. E sabe-se lá o que as cabeças brilhantes da xará Márcia Christofoli, Publisher (termo chique), e do Iraguassu Farias, diretor comercial, pretendem aprontar para os próximos anos.

Se eu contar apenas os anos de colunista fixa do portal (e não contabilizar o tempo em que enviava semanalmente, sem compromisso algum, artigos para o e-mail do Vieira da Cunha (citado acima), que gentilmente providenciava a publicação), eu comemoro 19 anos de contribuição ao Coletiva. Sou do tempo em que um aniversário de 25 anos merecia uma espetacular comemoração. Até eu iria sugerir para a Márcia e o Farias, mas os maldosos podem pensar que estou plagiando o colega colunista Flávio Dutra, que tratou sobre o tema "sou do tempo" na sua última coluna.

Talvez da equipe de colunistas do portal eu seja uma das mais antigas (isto não quer dizer velha, nem pensem assim). Ou sou resistente, persistente (características das mulheres fortes) ou tenho mais leitores e leitoras do que suponho. Às vezes, imagino que a xará Márcia vai me chamar e propor a minha saída, como fazem os grandes conglomerados midiáticos quando querem demitir alguém há muitos anos na empresa. Sugerir a aposentadoria (no meu caso não funcionaria uma vez que já estou nesta condição) ou dizer que o meu perfil não se encaixa mais no novo desenho do portal.

Mas devo informar que ela tem total liberdade para isso. Sempre que saio de férias para arejar as ideias ou peço um afastamento para tratar alguma complicação de saúde, faço questão de deixá-la à vontade para colocar alguém no meu lugar, e na data de meu retorno questiono se a minha volta é bem aceita. Pelo jeito, eu devo dar alguma audiência para o portal com meus textos sobre algum fato do tempo em que atuava como repórter ou assessora, travessuras do neto canino Quincas Fernando, amor infinito e confesso pela filha Gabriela, feminismo, sindicalismo, política e as artimanhas do cotidiano.

Longe ser unanimidade, sei que não agrado a todos e já fui cancelada (é moda) por seguidores algumas vezes. Aceito as críticas negativas sempre que elas são feitas com elegância e cordialidade. Ninguém é obrigado a concordar com as minhas opiniões, mas a boa educação é fundamental. Se quem critica é muito áspero, olho o seu perfil no facebook para ver se vale realmente a pena eu me estressar. Normalmente é algum radical que destoa completamente de qualquer viés ideológico que eu demonstre. Deixo passar.

Então, parabéns Coletiva e equipe pelo sucesso e manutenção do portal. Que venham mais tantos e tantos anos. Parabéns Vieira da Cunha, Luiz Fernando Moraes e José Fuscaldo que tiveram a percepção de que existia um nicho a ser explorado. Parabéns Márcia e Farias por tocarem em frente ao projeto. Parabéns editores e editoras que recebem os meus textos e apontam algum erro que eu possa ter cometido. É uma honra contribuir com esta linda história do portal. E, pelos meus 19 anos colaborando com o Coletiva, agradeço ao Vieira da Cunha, que lá em junho de 2005 me convidou para escrever a coluna semanal, aos responsáveis atuais pelo portal que ainda me aceitam e aos meus leitores e leitoras que não desistem de mim.