Mais que um filme de guerra

Por Marina Mentz

Dar play no filme "1917" é comprar uma passagem para o passado, nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Dirigido por Sam Mendes e lançado em 2020, o filme mostra dois soldados britânicos, Schofield e Blake, ao receberem a missão aparentemente impossível: atravessar território inimigo para entregar uma mensagem que pode salvar a vida de soldados, incluindo o irmão de Blake.

Talvez o que mais impressiona em "1917" é a sua filmagem em plano sequência, que dá a sensação de estarmos seguindo os soldados em tempo real. Claro que pode ser um pouco cansativo, mas a técnica é tão imersiva que, nós que assistimos ao filme, acabamos no centro da ação.  É como se também estivéssemos em perigo e compartilhássemos das mesmas angústias e desafios.

Os efeitos visuais dão fidelidade ao que, historicamente, sabemos sobre os horrores da guerra. O elenco, liderado por George MacKay, que também esteve em "Capitão Fantástico", e Dean-Charles Chapman, entrega performances muito intensas.

Não dá pra dizer que "1917" é apenas um filme de guerra. Acho que ele age como uma reflexão sobre humanidade e motivações pessoais em meio a um caótico movimento coletivo que é a guerra. 

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