A manhã do segundo dia do Estágio Correspondente de Assuntos Militares, promovido pelo Comando Militar do Sul (CMS), contou com palestras do tenente-coronel Gimenes, e dos jornalistas Humberto Trezzi, de Zero Hora, Roberta Salinet, assessora de imprensa do Ministério Público, e Vanessa Pires, da TV Record. As conversas foram realizadas nesta quarta-feira, 25, no 3º Regimento de Cavalaria de Guarda - Regimento Osório (Rua Dr. Salvador França, 201), em Porto Alegre, para onde os estudantes se deslocaram em ônibus choque. À tarde, os participantes conhecerão as instalações do local, onde terão prática de primeiros socorros, além de um bate-papo com um repórter secreto do Fantástico.

A palestra inicial, que abordou o funcionamento do sistema de comunicação do Exército Brasileiro em operações, foi ministrada por Gimenes, que traçou uma linha do tempo das operações que ficaram a cargo dos militares e como a informação foi adaptada às tecnologias. "A comunicação social não acompanhava o andar da coisa. Avançávamos, mas não sabíamos noticiar", afirmou. Ele também falou da importância da opinião pública para a imagem da entidade, ao apresentar dados da confiabilidade dos brasileiros em relação às Forças Armadas do País, cujo índice de aceitação foi de 83% em 2017, conforme o Instituto Datafolha.

Na sequência, a repórter Vanessa, do Balanço Geral do Rio Grande do Sul, abordou o papel social do Jornalismo. "A nossa missão é entrar em contato com a população, dando voz à comunidade", destacou, concluindo que acredita que as pessoas recorrem às emissoras quando não têm mais a quem buscar. Na terceira palestra, Roberta relatou suas experiências e aprendizados no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), em 2013, no Rio de Janeiro: "São aprendizados que levamos para a vida, não só para o Jornalismo. É um curso em que realmente aprendemos a nos portar em tragédias e conflitos".

Ao Coletiva.net, a assessora de imprensa do MP disse estar honrada de ser convidada pelo CMS para conversar com os estudantes. "Gosto muito de falar com alunos porque posso compartilhar experiências e ver de perto esse brilho nos olhos e as dúvidas que eles têm. Me renova, traz energia e me faz sentir que colaboro de alguma maneira com o Jornalismo", declarou.

Encerrando a manhã, Trezzi contou suas experiências de jornalismo de guerra, lembrando que, em 2011, noticiou o conflito na Líbia. "Acompanhei os rebeldes por conta própria. Não fui junto com a patrulha. Tinha que ter dinheiro para me virar lá", relatou. Para o portal, o repórter falou que o profissional precisa de expertise para lidar com algumas situações. "É necessário nessas zonas de conflito conversar e conhecer as pessoas certas", aconselhou.

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