ARP vê pontos positivos e negativos na fusão da DM9Sul

Anúncio de incorporação da agência à Pereira & O’Dell foi feito nesta semana

Fábio Bernardi | Crédito: Glauco Arnt/ARP
A fusão da DM9Sul à Pereira & O?Dell, anunciada pelo Grupo ABC nesta semana, repercutiu com força no mercado de comunicação. A Associação Riograndense de Propaganda (ARP), que representa profissionais e empresas, vê aspectos negativos e positivos no movimento provocado pelo processo de incorporação. O presidente da entidade, Fábio Bernardi, identifica a DM9Sul como uma agência que levou o nome do Estado para Cannes - em pouco menos de cinco anos, arrecadou quatro Leões - e reconhece que o movimento "é ruim para o mercado gaúcho, que perde em verbas publicitárias, talentos [que migram para São Paulo] e também para os fornecedores", pela redução na possibilidade de trabalhos.
O dirigente da ARP, no entanto, afirma que é preciso considerar que esta como uma perda originária de um negócio que chegou ao Estado a partir de iniciativa do próprio Grupo ABC e acabou por atrair anunciantes de diversas partes do País. "Das contas que saem do Estado, apenas Vulcabras era daqui. Netshoes, de São Paulo, Marisol, de Santa Catarina, foram trazidas para o Rio Grande do Sul por mérito e competência da agência. E o grupo segue investindo aqui, com Escala e Morya [da qual Fábio é o principal dirigente], não está desistindo do mercado gaúcho", diz.
Fábio vê pontos positivos no aproveitamento de talentos gaúchos, que irão integrar a equipe da Pereira & O?Dell São Francisco, que terá sedes em Porto Alegre e São Paulo, e no potencial da nova agência para gerar negócios. "É interessante a possibilidade de Porto Alegre ter nesse braço uma ponte de conexão com o Vale do Silício. É evidente que isso não elimina a perda, mas minimiza a saída da DM9Sul", avalia.
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