Ausência do governo como anunciante impacta comunicação

Representantes de veículos, agências, empresas gráficas e profissionais procuraram o governo para expressar preocupação

Onze entidades de comunicação participaram do encontro | Crédito: Luiz Chaves/Palácio Piratini
A relevância do governo do Estado como anunciante no mercado gaúcho e a contribuição que a comunicação pode dar para engajar a população e buscar soluções para a crise pontuaram a reunião entre entidades da área e o chefe do Executivo estadual, José Ivo Sartori, nesta quinta-feira, 10. Em um movimento apontado como inédito, o encontro reuniu 11 associações e sindicatos - representantes de veículos, agências, empresas gráficas e profissionais atuantes no setor.
O movimento mostrou que o mercado foi impactado pela ausência de um dos maiores anunciantes e defendeu a comunicação como uma ferramenta para superar a crise. "A falta do governo como anunciante refletiu muito nas empresas, com queda de receitas e desemprego. Mesmo com esse reflexo, a gente entende o que momento que o governo passa é muito difícil, o corte é necessário. Mas também entende que a comunicação, assim como as empresas privadas, é um instrumento para atravessar a crise, gerar receita, aumentar a percepção de valor. A comunicação pode ajudar a construir soluções", resumiu o presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado (Sinapro-RS), Delmar Gentil.
Segundo o secretário estadual de Comunicação, Cleber Benvegnú, a reunião foi muito positiva, recebendo inclusive sugestões para que se torne rotina. "Desde o início (do governo Sartori), vínhamos conversando com todos separadamente, de forma transparente, ouvindo sugestões e críticas de forma respeitosa. Eles construíram uma organização para fazer as reivindicações do setor, com uma postura proativa", afirmou. Sobre a participação do Estado como anunciante, o secretário diz que o Rio Grande do Sul passa por um momento delicado, que o governo trabalha para superar. "O governador disse e tenho reafirmado: não investir em publicidade não é uma política de governo, é contingência. Sabemos da importância da comunicação no diálogo com a população e estamos fazendo o possível para superar esse momento."
Além do Sinapro, participaram da reunião a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), o Sindicato da Indústria Gráfica do RS (Sindigraf), a Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap/RS), a Associação de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), a Associação Latino-Americana de Publicidade (Alap), a Associação Riograndense de Propaganda (ARP), Federação das Agências de Propaganda (Fenapro), o Sindicato dos Empregados em Agências de Propaganda (Sindaptec), a Associação dos Diários do Interior (ADI), e a Associação dos Jornais do Interior do Rio Grande do Sul (Adjori).

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