Andrei Kampff promove sessão de autógrafos neste sábado na Feira do Livro

Jornalista lança o título 'Direitos Humanos e Esporte: Como o Caso George Floyd mudou regras do jogo'

Andrei Kampff garante que livro é de interesse a todos - Crédito: Arquivo pessoal

Neste sábado, 28, às 19h, Andrei Kampff promove uma sessão de autógrafos pelo lançamento de seu mais recente livro: 'Direitos Humanos e Esporte: Como o Caso George Floyd mudou regras do jogo'. O encontro acontecerá na Praça dos Autógrafos na 69ª Feira do Livro de Porto Alegre, na Praça da Alfândega, no centro da Capital. 

Mesmo focada em assuntos jurídicos, a obra se liga com a parte jornalística de Andrei, que também é advogado. "Ainda sou muito jornalista na hora de escrever, mesmo em assuntos legais. O livro toma um caminho mais leve, mais palatável para todos os públicos justamente em função da minha vivência no Jornalismo", esclareceu em conversa com a reportagem de Coletiva.net. Para ele, o principal desafio é apresentar um conteúdo relevante de maneira que todos entendam, algo que busca sempre na sua atuação em ambas as profissões. 

Por conta disso, ele garantiu que o livro é "para todos", desde os que se interessam pelo Direito e pelo ambiente esportivo, até aqueles que torcem por um mundo melhor e sem preconceitos. "A obra explora três elementos fundamentais que estão na pauta atual do esporte: mobilização de atletas, proteção de direitos humanos e vigilância do Estado. Fala do esporte, mas vale para toda movimentação social que a sociedade pode apresentar", concluiu. 

A ideia de abordar o tema vem do desafio que vê que o esporte precisa passar - o de entender sua natureza. A partir desse pensamento, conforme o jornalista, este meio deve proteger de maneira inegociável os direitos humanos. "O episódio George Floyd apresenta todos os elementos que mostram como a participação dos atletas é fundamental na proteção de direitos humanos no ambiente esportivo. Juntos, eles podem mudar regras internas do esporte e podem melhorar o mundo", contextualizou. Por isso, quando esse caso desencadeou uma série de conquistas, Andrei criou um objetivo para si: "era preciso escrever sobre isso". 

Expectativa

O comunicador, que é porto-alegrense, cresceu frequentando a Feira do Livro, que, além de fazer parte do calendário da Capital, está em suas "melhores lembranças". Por isso, lançar mais um trabalho nesta edição é "mais do que um orgulho, é a chance de um reencontro com a minha história, com as pessoas e com esse evento que me ajudaram a ser quem sou".

Caso George Floyd

Em 25 de maio de 2020, a polícia foi chamada para atender uma ocorrência em uma loja de conveniência em Minneapolis, cidade no estado norte-americano de Minnesota. Naquela ocasião, George Floyd, um homem negro, era acusado de usar uma nota falsa de 20 dólares. Ao ser abordado por oficiais, um deles, Derek Chauvi, branco, imobilizou-o no chão colocando o joelho em seu pescoço por cerca de nove minutos, enquanto George reclamava de não conseguir respirar, até parar de se mexer. A ação leva a vítima à morte. 

O falecimento de George foi o estopim para o movimento Black Lives Matter - Vidas Negras Importam, em tradução livre - que levou às ruas milhares de americanos que protestavam contra o racismo. Manifestações também foram registradas em outros países, incluindo o Brasil, e tomaram as redes sociais. 

George era ligado aos esportes, conforme informaram amigos. O caso que o vitimou ainda fez com que uma série de atletas negros utilizasse sua influência para se colocarem contra o racismo e o abuso policial. Entre os esportistas que se juntaram à causa estava Lebron James, um dos principais nomes do basquete dos Estados Unidos que, entre outras ações, utilizou uma camiseta preta escrito "eu não consigo respirar", em inglês, antes de uma partida. Em outros esportes ao redor do mundo, jogadores adotam o gesto de se ajoelharem antes dos jogos como forma de lembrar o episódio.

Comentários