O jornalista, professor e escritor Diego Weigelt lançará o segundo livro de sua autoria, 'Rádio & Rock no Rio Grande do Sul', em 4 de maio, às 18h, na Feira do Livro de Santa Cruz do Sul. O evento contará com sessão de autógrafos e terá um bate-papo com Diego Tafarel, diretor e roteirista do projeto audiovisual com o mesmo nome da obra.

Em conversa com a equipe de reportagem de Coletiva.net, Diego contou que o que o motivou a escrever o livro foi o fato de ser um questionador, o que também o inspirou a produzir a primeira obra: 'Como os jovens ouvem rádio? Uma cultura lusófona de consumo radiofônico', lançado em 2017. "Se no meu primeiro livro escrevi sobre rádio e jovens, no segundo queria pesquisar rádio e música. É muito mais do que uma homenagem aos artistas e comunicadores do Estado, é uma grande reflexão", explicou.

Diego contou que a proposta do livro é sair do convencional e que é uma obra que busca, em 32 entrevistas e amplo referencial teórico, não contar apenas a história do rádio e do rock gaúcho, mas revelar a perspectiva de quem viveu de modo imersivo a realidade da cena musical e radiofônica dos anos 1980 até os dias atuais. "Também fala sobre a influência da Atlântida, Continental, Ipanema e Pop Rock, o bairrismo, a indústria cultural, as relações econômicas, as gravadoras, o jabá, o sertanejo universitário, as brigas, as redes sociais, o streaming e os desafios em tempos de internet."

Segundo o comunicador, ele e Diego Tafarel iniciaram um projeto em abril de 2018, que buscava contar em livro e audiovisual a relação das bandas de rock com o rádio no Rio Grande do Sul. O autor recordou que as 32 entrevistas demoraram para acontecer e que em março de 2020 teve a pandemia de Covid-19, o que atrasou o processo. "Então, depois de quase seis anos, tenho o orgulho gigante de dizer que estou lançando minha segunda obra", celebrou.

Diego avaliou o livro como um trabalho que busca desvendar os "mistérios" e entender a realidade sobre uma época que foi "essencial" para a história musical do Estado. "O que foi compartilhado na obra, certamente, não se encontra de forma reunida em outro lugar", garantiu.

Conforme Diego, os leitores podem esperar uma obra que questiona se "ainda se ouve rádio?", "o rock morreu?". De acordo com ele, estas são algumas das perguntas norteadoras do livro, que é resultado de um longo trabalho jornalístico iniciado em 2018 e que apresenta 32 entrevistas, sendo 25 com músicos e sete com comunicadores, figuras da cena artística, cultural e da Comunicação do Rio Grande do Sul. "Trata-se de um registro que também objetiva contribuir para a compreensão da relação entre as bandas de rock e as emissoras de rádio jovem desde 1980, no sul do Brasil", explicou.

A obra está dividida em duas partes: rock e rádio. No capítulo dedicado ao estilo musical, o autor apresenta as falas de músicos das bandas Acústicos & Valvulados, Bandaliera, Bidê ou Balde, Cascavelletes, Cachorro Grande, Cidadão Quem, Comunidade Nin-Jitsu, DeFalla, Engenheiros do Hawaii, Fresno, Garotos da Rua, Graforréia Xilarmônica, Maria do Relento, Nenhum de Nós, Reação em Cadeia, Replicantes, Rosa Tatooada, Taranatiriça, Tequila Baby, TNT, Ultramen, Vera Loca e Video Hits. No capítulo voltado ao rádio, o autor traz as entrevistas com os comunicadores Alexandre Fetter, Eron Dalmolin, Fábio Codevilla, Gerson Pont, Katia Suman, Mauro Borba e Mr. Pi.