Ricardo Luiz Rosa: O lado empreendedor canta mais alto

Ele não nega mesmo que tem o dom para o negócio. Bons relacionamentos, muita experiência, adequada articulação, carisma e uma força de vontade direcionada …

Ele não nega mesmo que tem o dom para o negócio. Bons relacionamentos, muita experiência, adequada articulação, carisma e uma força de vontade direcionada para alcançar seus objetivos. O jeito característico de um profissional movido pela arte de vender. E isso é o que Ricardo Luiz Rosa sabe fazer há mais de 25 anos, indo de vendedor a dono do seu próprio negócio. Hoje, à frente da Print Sul, empresa de representação comercial de veículos de comunicação, Ricardo aposta todas suas fichas no seu grande lema de vida: "Ser feliz e deixar acontecer?" Tudo começou quando era ainda adolescente. Aos 18 anos, decidiu ir morar em Curitiba para buscar independência financeira. Lá, iniciou sua trajetória na área comercial. A primeira experiência foi na Editora Abril, onde atuou como vendedor de fascículos, trabalho que fazia de porta a porta. Em 1977, ingressou na Olivetti do Brasil, na qual exerceu as funções de vendedor e supervisor de vendas. Dois anos depois, retornou à capital e, por influência de seu pai, o "Rosa", um dos percursores da propaganda gaúcha, Ricardo foi contratado como divulgador na Fundação Isaec de Comunicação, onde era responsável pela coordenação, planejamento e divulgação dos lançamentos junto a discotecários da capital. No final de 1979, foi convidado pela CBS Indústria de Discos para atuar na mesma função de divulgador, com promoção e vendas. Em 1980, Ricardo mudou radicalmente de mercado e iniciou, então, sua trajetória no mercado comercial publicitário, como contato direto da Rádio e TV Gaúcha. "Esta foi a minha primeira inclusão no mercado que atuo até hoje. As experiências anteriores na área comercial me ajudaram muito neste trabalho", relembra. Após um ano, pelos resultados obtidos na TV Gaúcha, Ricardo foi convidado para assumir a gerência comercial da Rádio Eldorado, com a atribuição de fazer contatos junto às agências de propaganda. "Na época, o sinal da rádio era extremamente fraco. Para vender, eu tinha que levar um aparelho de rádio e sintonizar a emissora para provar que ela existia", relembra ele. Logo depois, no mesmo ano, aceitou a proposta para estruturar a área comercial da emissora FM da Rádio Guaíba, que foi lançada em 1981. Ricardo atuou na comercialização de mídia para as agências de publicidade da rádio até 1982, quando assumiu a mesma função na emissora AM da Caldas Júnior. Novamente o desempenho de Ricardo no comando dos departamentos comerciais das rádios o levou a assumir um novo desafio, desta vez na Rede Pampa. Em 1983, foi contratado para ser gerente de publicidade da TV Pampa, onde atuou por seis anos, tendo passado pelos cargos de gerente comercial, superintendente comercial da rede, e, por último, superintendente da TV Pampa de Porto Alegre. Entre as atribuições estavam coordenação da equipe de vendas, implantação da área comercial de três geradoras no interior do Estado e administração de algumas gerências. Ricardo se desligou da TV Pampa em 1988. Grande sacada Como o próprio Ricardo diz, tudo estava indo bem até que o seu lado "empreendedor" falou mais alto. "Eu tinha o sonho de abrir meu negócio, e naquele momento vislumbrei uma oportunidade. Claro que na área comercial", conta. Foi então que, em 1989, abriu a 3R, empresa de representação comercial de veículos de comunicação. Três anos depois, a proposta da empresa foi alterada e o nome teve que ser mudado, passando a se chamar Print Sul, marca que mantém até hoje. Atualmente a Print Sul atua exclusivamente com a representação comercial do mercado do Rio Grande do Sul para os títulos da Editora Abril. A parceria com a Abril é quase um casamento, já que o relacionamento entre as duas empresas vem desde a extinta Editora Azul, cujas publicações, denominadas de autoconsumo, foram adquiridas pela Abril. "Nossa missão enquanto empresa contratada pela Abril é desenvolver o relacionamento do mercado publicitário gaúcho com seus clientes para todos os títulos da editora", explica. Este ano, Ricardo comemorou 15 anos à frente de sua empresa e revela estar muito satisfeito com o significativo crescimento alcançado até aqui. "Percebi que completei a minha realização profissional com o negócio da Print Sul. Estou muito feliz e vou fazer isso crescer cada vez mais", acredita. Aventura em família Ricardo é casado há 20 anos com Marise, com quem tem dois filhos: Mariana, de 18 anos, e Rodrigo, 13. A filha está cursando a faculdade de Moda e Estilismo, escolha também apoiada pelo pai. "A gente tem que gostar do que faz. E isso é uma característica da nossa família", afirma ele. Como tem uma vida profissional muito agitada, envolvendo viagens, compromissos e reuniões, Ricardo estabeleceu o que denominou de "rotina de aproximação familiar", da qual enfatiza não abrir mão. "Eu posso não ter compromisso às 7h, mas é sagrado eu acordar neste horário para tomar café da manhã com meus filhos". Tudo isso por causa de um acordo feito com a família. "Na semana, o negócio manda em mim. Nos finais de semana eu faço tudo que eles querem. É a única maneira de retribuir a minha eventual ausência devido ao formato do meu trabalho. Faço na boa, pois me dá muito prazer", comenta. Andar de moto é uma das maiores paixões de Ricardo, desde adolescente. Nas horas de folga, o programa era certo em sua agenda até seis meses atrás, quando foi convencido de que deveria substituir o hobby por outro, já que a família não podia acompanhá-lo. "A moto é muito solitária e por isso acabava não contemplando a relação familiar. Como eu gostava muito, eles cediam ao meu capricho". Agora, a diversão da família é fazer trilhas de jipe, o que, segundo Ricardo, agrada a todos e já virou rotina nos fins de semana. "Consegui fazer o que mais queria, manter o hobby reunido com a família, o que torna a aventura mais emocionante", diz. Outra atividade preferida é jogar futebol, preferencialmente com os amigos, sempre às quintas-feiras. "Devido a uma lesão no joelho, eu estou suspenso, por enquanto, do jogo. Agora estou engordando porque só vou ao churrasco depois do futebol", brinca ele. Em casa, o lazer de Ricardo fica por conta das mais variadas atividades, como escutar música, ler, assistir filmes e navegar na internet. No cinema, ele prefere filmes de ficção e aventura para se distrair. Confessa que não é ligado em obras de literatura, detendo-se mais à leitura de revistas e jornais. Admite que não é muito caseiro e que toda oportunidade é motivo para passear. "Os passeios nos levam, além de conhecer lugares diferentes, a estabelecer relacionamentos com as pessoas, o que acredito ser fundamental para qualidade de vida de qualquer ser humano". Por isso, Ricardo afirma que sua casa é "uma grande sala de estar" para reunir os amigos e familiares. "A gente junta os amigos e o lema é falar muita bobagem", diz ele rindo, destacando também que dessas brincadeiras sempre são extraídos grandes aprendizados. Segundo Ricardo, a capacidade de executar diversas tarefas ao mesmo tempo é uma qualidade marcante entre as pessoas do seu convívio. Porém, ele é ciente de que a característica tem seu lado ruim. "Eu faço 10 coisas ao mesmo tempo, estou ligado em tudo o que acontece, mas algumas coisas depuram. O que mais me interessa fica, o que efetivamente não é importante, meu cérebro deleta". Por outro lado, revela que a qualidade lhe proporciona mais energia para buscar seus objetivos que já estão todos definidos. Para Ricardo, o seu único projeto de vida é ser feliz e proporcionar a felicidade para os que o rodeiam. "Tendo isso, o resto vem por conta".

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