Com o intuito de entender o comportamento dos comunicadores, a reportagem da revista Tendências Comunicação preparou uma enquete com perguntas relacionadas à ansiedade algorítmica. A enquete, que foi realizada no Instagram de Coletiva.net, de forma superficial, contou com seis perguntas. Dentre elas, questões sobre a sobrecarga imposta pela presença tecnológica. Enquanto 65% apontou que já se sentiu sobrecarregado em vários momentos, 19% relatou estar vivenciando a sensação naquele exato momento. Outros 15%, contudo, apontaram que conseguem equilibrar e, logo, não experienciam dessa forma.

 Outra pergunta abordou o consumo de redes sociais e se o comunicador "acredita que estamos consumindo o que queremos ou se o nosso conteúdo está sendo moldado pelas ferramentas". A maioria, contabilizando 69% dos respondentes, acredita que seja uma mistura, enquanto 24% creem que consomem apenas o que gostam. Além disso, 3% entende que as mídias sociais lhe mostram apenas o que desejam que usem e o mesmo percentual nunca pensou acerca do assunto.

 Quando questionados se as indicações de algoritmos os assustam, mais da metade relatou que sentem uma espécie de medo quando são anúncios sobre o que desejam - totalizando 61% -, enquanto 14% apontou que se sente assim quando são indicados itens que não os agradam. Todavia, 25% disse que já se acostumaram com os apontamentos e, logo, acabam não se assustando.

 Outro aspecto que integrou o questionário diz respeito à facilidade ou falta dela em relação a se desconectar das mídias digitais. "Por pouco tempo, mas logo preciso olhar", foi a resposta escolhida pela maioria, somando 43% dos respondentes, enquanto 25% consegue se desconectar durante os horários de lazer e 21% precisa conferir o tempo todo. A minoria, entretanto, alegou que consegue se desconectar facilmente.

 "Enquanto profissional de comunicação, sinto pressão em estar sempre bem informado": essa foi a penúltima pergunta, para a qual 50% responderam que acreditam que a pressão seja maior, 42% se cobram mais do que esperam deles e 8% não sentem essa pressão. Por fim, foi perguntado se as mudanças constantes das regras dos algoritmos influenciam seus trabalhos. Novamente, metade apontou que influencia diariamente e 36% entendem que acontece, sim, porém é pouco. Por outro lado, 11%  acreditam que não influenciam e 4% entendem que não influenciam, contudo gostam de saber.