Alunos de PP e RP da Unisinos produzem curta sobre racismo

'Versos de uma Canção Social' foi encomendado para o evento Cine Afro Debate, realizado em outubro deste ano

Produção é de alunos de PP e RP - Reprodução/Site Unisinos

Estudantes dos cursos de Publicidade e Propaganda e Relações Públicas da Unisinos estão à frente da produção do curta 'Versos de uma Canção Social', que estreou na noite desta quarta-feira, 4, no Labtics, no Campus São Leopoldo. O filme contou com apoio dos participantes do Grupo de Trabalho da Década Internacional dos Afrodescendentes e do Centro de Cidadania e Ação Social da Unisinos (CCIAS) e foi encomendado para o evento Cine Afro Debate, realizado em outubro deste ano.

A obra traz a história de Bruno, um jovem negro e professor de música, que enfrenta situações de racismo no dia a dia. O curta procura mostrar situações de racismo comuns na sociedade, de forma velada ou explícita e como o personagem reage a tudo isso. A professora de Projeto Audiovisual e responsável pela atividade, Lisiane Cohen, destaca que a turma se dividiu em equipes para desenvolver o projeto.

Segundo ela, o projeto é transmídia, então, além do curta, os estudantes fizeram outros produtos que ampliaram o universo narrativo do filme. "São peças como podcasts, vídeos que trazem a provocação em relação ao tema racismo e duas cenas que trazem duas personagens fora da história", explicou, mencionando que o maior desafio da produção foi abordar o racismo com uma turma de pessoas brancas. "O desconforto e o questionamento para falar sobre o tema geraram ótimas reflexões e questionamentos. Foi um processo que exigiu maturidade e humildade, e, só isso já é um belo aprendizado", comentou.

O estudante Fabrício Pereira, de PP, declarou em matéria publicada no site da Unisinos que a experiência trouxe importância e responsabilidade para a atividade e abriu as portas para a possibilidade de seguir na área do audiovisual. "Não sei meus outros colegas, mas eu, após essa disciplina, passei a cogitar de verdade seguir na área", adiantou.

Ele falou, também, sobre os ensinamentos que obteve com a produção do trabalho. "Os vários debates em aula e as trocas de informações me aprofundaram muito mais na questão do racismo. Eu, como membro da comunidade LGBTQ+, trago comigo essa questão de empatia e de me colocar no lugar do outro para tentar entender o que ele passa", informou, comentando, ainda, que nunca saberá o que é sofrer racismo e como é a sensação. "Mas ter me aprofundado mais no assunto vai me dar mais base para poder ajudar a combater esse preconceito que ainda é muito presente na sociedade", finalizou.

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