Em artigo, pesquisador da UFSM orienta para gestão de crise em ataques a escolas

Coordenador do Observatório da Comunicação de Crise da instituição de ensino, Jones Machado publicou norteadores para imprensa e demais atores da sociedade

Artigo traz orientações para toda a sociedade - Divulgação

Está no ar, no site do Observatório da Comunicação de Crise (OBCC) do campus de Frederico Westphalen da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o artigo 'Gestão de crise no contexto de ataques a escolas: uma lição de casa multissetorial, multidisciplinar e integrada'. A publicação, escrita pelo professor de Relações Públicas da instituição de ensino e coordenador do OBCC, Jones Machado, traz 40 diretrizes voltadas para imprensa, bem como para colégios, poder público, famílias e sociedade em geral.

No texto, o pesquisador destaca a importância de trabalhar a Comunicação de forma integral, não apenas em momentos críticos. Dessa forma, é possível mapear sinais e evitar crises. O autor acredita que a prática da gestão de riscos tem respostas mais rápidas e eficazes, além de permitir ações preventivas. Para isso, no entanto, é preciso um trabalho coletivo de diferentes segmentos da sociedade.

Machado explica que este trabalho começa em casa, com a atuação de pais, tutores e responsáveis no acompanhamento das atividades dos filhos na internet e na escola. Na instituição de ensino, ele continua na educação formal e no exercício da convivência coletiva. "Passa pela mídia, que atravessa todas as esferas da sociedade ao pautar a opinião pública. Ainda depende da atuação governamental e do Poder Público, os quais devem garantir segurança", completa.

Para os profissionais de imprensa e influenciadores digitais, o professor passa oito sugestões. Os trabalhadores devem evitar: compartilhar boatos ou tentativas de ataques a fim de não promover medo e pânico; divulgar nome e foto dos envolvidos em ataques para não contribuir com o 'efeito-contágio'; e de vítimas, principalmente se forem crianças. Ainda, é preciso privar de veicular os casos de forma sensacionalista ou espetaculosa; e descrever as táticas e estratégias das forças de segurança. 

Os jornalistas também precisam levar em conta o impacto das informações sobre a dignidade e a segurança das pessoas, e buscar desconstruir rumores, discursos de ódio e teorias conspiratórias. Como última diretriz, Machado recomenda publicar dados de utilidade pública e didáticas, no sentido de auxiliar na prevenção, na mitigação de danos e da perda de vidas. O artigo completo com as demais orientações pode ser conferido no site do Observatório

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