Vídeos devem seguir dominando a estratégia de marketing mundo afora

Por Maurício Brenner, para Coletiva.net

Maurício Brenner - Arquivo Pessoal

Nos últimos 15 anos, o uso do vídeo explodiu e, hoje, alavancado pelo período de isolamento social, é um dos nossos principais canais de comunicação. A cada minuto, 500 horas de vídeo são enviadas para o YouTube globalmente. Além disso, de acordo com o Inside Video, levantamento da Kantar Ibope Media lançado em 2021, o Brasil se destaca no consumo da mídia: de 99% dos usuários da internet que os assistem, 72% consomem o formato nas redes sociais. Enquanto a média global é de 57%. 

A ascensão do hábito é valiosa para as marcas que desejam fazer publicidade digital. A Kantar Ibope Mídia divulgou, também, que anúncios em vídeo foram responsáveis por 36% do investimento de marcas em publicidade em 2020 no Brasil, resultando em um montante de R$ 8,6 bilhões. 

Atualmente, um dos principais focos das marcas é o Instagram. Os stories, lançados em 2016, indicaram que os vídeos caíram no gosto dos consumidores, proporcionando formatos subsequentes, como os vídeos longos e os reels. Um dos desafios das agências de publicidade e produtoras de vídeos é conseguir um equilíbrio entre entregar algo que é publicitário para essa e outras redes, mas que não perca a natureza de ser um conteúdo destinado ao digital. 

As produtoras se mantêm relevantes no seu mercado de atuação diante da exigência da audiência pela estética, que persiste, especialmente no mercado corporativo. Ainda que sejam adaptados os formatos, e por vezes deixados de lado os padrões mais cinematográficos, quem se destaca é a marca que consegue entregar conteúdo de qualidade e engajador, didático e condensado, conforme os modelos atualmente em alta. 

Previsões de inúmeras consultorias e órgãos de pesquisa mundo afora mostram que os gastos com anúncios digitais devem crescer cada vez mais, podendo chegar à marca de mais de U$450 bilhões em 2023, em todo mundo, de acordo com a Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia da PwC (2021-2025). E uma coisa é certa, o audiovisual será um fator significativo nesse total. Afinal, os vídeos são peças-chave na comunicação de empresas pequenas, médias e grandes.

Maurício Brenner é CEO da Recstory 

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