Cinco perguntas para Ricardo Silvestrin

Crédito da foto: Carolina Silvestrin Executivo atuou como diretor de criação da campanha de Tarso Genro ao Governo do Estado.   1) Quem é …










R. Silvestrin
Crédito da foto: Carolina Silvestrin

Executivo atuou como diretor de criação da campanha de Tarso Genro ao Governo do Estado.
 
1) Quem é você, de onde veio e o que faz?
Ricardo Silvestrin. Sou formado em Letras. Nasci em Porto Alegre. Na publicidade, fui diretor de Criação e Estratégia da Competence e da GlobalComm. Fora da publicidade, sou professor de Literatura, escritor com 14 livros publicados e músico, integrante da banda os poETs.
2) Essa é a primeira vez que você trabalha em uma campanha eleitoral? Qual foi seu maior desafio na direção de criação da campanha?
Não. Trabalhei como redator publicitário na campanha do Tarso para governador em 2002. Trabalhei desde o ano passado, apresentando uma visão e um caminho para o pessoal que veio a coordenar a campanha. Por esse trabalho, fui convidado a participar, junto com Alfredo Fedrizzi e João Satt, do núcleo estratégico que formulou o posicionamento junto com a coordenação de comunicação e com o comando político de campanha. O maior desafio foi aprovar o conceito criativo que surpreendeu o esperado de um slogan comum. A partir daí, o desafio foi alinhar todo o discurso em cada peça criativa.
3) Qual a diferença entre criar para uma campanha tradicional e uma campanha política?
Não vejo muita diferença. O trabalho consiste em ter dados confiáveis (de pesquisa) e capacidade de leitura do contexto, das forças internas, dos concorrentes e do público. A partir daí, saber formular um caminho que nos deixe em vantagem e, ao mesmo tempo, os concorrentes fora do páreo. Faço isso há anos com diversos clientes que alcançaram a liderança em seus segmentos. Se temos pontos fortes a comunicar e soubermos fazê-lo, o trabalho dá resultado. O que difere é o tempo rápido para esse resultado aparecer. Em três meses tem que funcionar. Nesse sentido, o monitoramento tem que ser constante. Mas, como todo cliente, se não for posicionado certo, há poucas chances de mudar o rumo, sobretudo, em tão pouco tempo. Fora isso, há o corpo a corpo, a parte política mesmo, que vai além da comunicação. Mas, mesmo aí, se estiver alinhada com a comunicação, vai ser muito mais eficiente.
4) O que todo diretor de criação deveria saber?
Linguística, teoria da literatura, teoria da arte, arte, literatura, música, história, psicologia, filosofia. E propaganda e marketing.
5) Quais são seus planos agora que as eleições para o governo do Estado estão encerradas?
É o que estou me perguntando.

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