Informação gratuita e de qualidade

Por Anelise Zanoni

Nunca imaginei que a pandemia pudesse me fazer voltar aos tempos de redação. Tempos da reportagem, da edição e de deadline apertado. 

Não, não voltei para a redação convencional, dos grandes jornais - embora tenha saudade. Criei um produto que entrega informação gratuita sobre destinos e não cobra um centavo do público. 

No meio de tanta gente criando e-books que levam as pessoas a fazer algum tipo de compra, eu aposto no conteúdo gratuito. Neste pacote está uma entrega completa: fotos coloridas e hipnotizantes, textos com conteúdo escrito a partir de experiências reais e muito serviço. É um presente para o leitor que deseja viajar e também para os destinos que, neste momento pós-vacina, precisam estar alinhados com os desejos do viajante e de olho em novas estratégias do próprio empreendimento. 

Neste segmento já criei três guias de viagem digitais e gratuitos somente no Rio Grande do Sul: para as regiões das Missões, Costa Doce e Vale do Taquari. Um quarto guia deve nascer em dezembro, sobre o Pampa e a Fronteira Gaúcha. Ah, e já comecei a criar guias digitais também para o mercado internacional: um guia para o Principado de Mônaco acabou de sair do forno!

Diante de tantas horas de trabalho, que incluem viagens, reportagem, coordenação de equipe e distribuição de conteúdo em redes sociais, você deve estar me perguntando como posso fazer um guia gratuito, sem cobrar absolutamente nada!

Assim como você, eu não trabalho de graça. Pelo contrário, acredito que o trabalho de compilar informação verdadeira e de qualidade tem um preço bem alto, especialmente porque trabalho muitas horas por dia. Por isso, quem paga para que os guias cheguem gratuitos são empresas que acreditam na importância e no propósito deste trabalho. 

São preciosas as empresas que conhecem o verdadeiro valor de fornecer informações. No segmento do turismo, por exemplo, algumas empresas investem em um ecossistema onde todo mundo sai ganhando. Ou seja, ao investir nos guias, estão colaborando para o aumento da circulação de novos visitantes, à ampliação da renda de dezenas de famílias e até à melhoria da infraestrutura de destinos. 

Estou falando de um caso bem específico dos meus guias, que tem como principal incentivador o Sebrae. Porém, há outras instituições que se interessam em fazer parte deste sistema de ajuda, de compromisso e de incentivo a uma das atividades mais bonitas que temos, o turismo. 

A Sicredi Pioneira, por exemplo, é uma cooperativa que abraçou o turismo e os pequenos negócios. Por isso, além dos tradicionais créditos para a área, auxilia na divulgação de destinos turísticos, ajuda na sinalização de rotas e oferece materiais como cadeiras e ombrelones para pontos de venda.

É uma atitude justa, porque quem tem mais oferece para aquele que precisa. E, no caso da informação, estamos precisando de muito conteúdo gratuito! E, se depender de mim, vou continuar fazendo isso - com o suporte de grandes empresas, claro! 

Autor
[email protected] Mestre e doutora em Comunicação Social, a jornalista é CEO da Way Content Agência da Comunicação, especializada em turismo, gastronomia e estilo de vida, e fundadora do projeto Travelterapia, que divulga destinos, experiências e cria projetos de branded content. Em 2019 foi finalista da categoria Imprensa do Prêmio Nacional de Turismo, promovido pelo Ministério do Turismo. Tem experiência como repórter e editora, e é freelancer de publicações como Viagem Estadão e Veja Comer & Beber. Trabalhou 12 anos na redação do jornal Zero Hora e produziu conteúdos para veículos como Sunday Independent, Hola!, Contigo!, Playboy, Veja, Globo.com e Terra. Também atuou por 10 anos como professora de universidades como Unisinos e ESPM, passando pelos cursos de Jornalismo, Relações Públicas e Produção Fonográfica. Atualmente pesquisa o papel da imprensa no desenvolvimento do turismo e já estudou em países como Irlanda, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.

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