Quase às vésperas de 2024

Por Márcia Martins

Não sei se vocês já perceberam. Olharam no calendário. Fizeram as contas. Já começaram a pensar onde irão passar as festas de final de ano. E para quem o orçamento apertado permitirá dar presentes neste Natal. Porque o ano de 2023 está se despedindo. Fechando seu ciclo. E, por mais espantoso que possa parecer, estamos quase às vésperas de 2024. Sim. Apenas oito finais de semana (três ainda neste mês de novembro e cinco no mês de dezembro) nos separam de um novo ano, de 12 meses, em 2024 que prometem nos trazer alegrias, tristezas, aventuras, encontros, desencontros e mistérios.

E, o ano que irá chegar será bissexto, isto é, teremos um dia a mais (366 dias) para equilibrar os nossos dissabores, mágoas, ressentimentos, amores, dores e sentimentos negativos e positivos. Para aqueles que ainda trabalham (já que a escritora desta coluna é uma senhora aposentada), o ano de 2024 não será exatamente assim tão bom. Terá poucos feriados prolongados, concentrados no sábado, domingo e na quarta-feira, o que dificultará aquelas escapadelas do trabalho. Os feriados da independência e finados, no próximo ano, cairão, por exemplo, no sábado.

Mas o que me estimulou a puxar este assunto na coluna é o tempo exíguo que resta para zerar a lista de promessas e/ou intenções feitas para o ano que se encerra em 31 de dezembro de 2023. Ou pelo menos diminuir tantas pendências. Bora lá. Ainda é possível iniciar alguma atividade física para a elasticidade do corpo. Também os dias que faltam podem ser uma ótima alternativa para começar um estilo de vida mais saudável, com menos alimentos industrializados, mais horas de sono, maior tempo dedicado à leitura e, quem sabe, abandonar hábitos nocivos para uma vida mais longeva.

E, principalmente, aproveite os dias que faltam neste 2023 (eu, particularmente, não gosto de ano terminado em número ímpar, mas são fatos muito pessoais), para demonstrar a importância dos afetos em sua vida, das amizades em todos os momentos, não só na saúde, mas, principalmente, na doença, para alimentar os laços familiares porque sozinhos, sem fermento, eles podem abatumar, para chamar os (as) amigos (as) para encontros ao entardecer.

Enfim, abuse dos dias que restam, em 2023, para buscar o pote da felicidade que, necessariamente, não precisa estar só em fatos grandiosos, eventos pomposos, ou no final do arco-íris. Ele pode estar ressignificado num sorriso de um desconhecido, na gargalhada de uma criança, no elogio de um amigo, num sonho quase realizado ou na busca de uma utopia. Acredite!

Autor
Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), militante de movimentos sociais e feminista. Trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou sua carreira profissional, e teve passagens por Zero Hora, Correio do Povo, na reportagem das editorias de Economia e Geral, e em assessorias de Comunicação Social empresariais e governamentais. Escritora, com poesias publicadas em diversas antologias, ex-diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre (COMDIM/POA) na gestão 2019/2021. E-mail para contato: [email protected]

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