Cinco perguntas para Daniela Corso
Arquiteta é sócia-diretora da Liquens conceito.arquitetura.design

- Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Daniela Giovana Corso. Arquiteta pela Ufrgs. Nasci em Caxias do Sul, vivi em Ana Rech. Porto Alegre me adotou. Sou sócia-diretora da Liquens, ao lado do meu marido, também arquiteto, Joel Fagundes. Atuamos na intersecção de diversas áreas, sendo o produto final ou o fio condutor, a arquitetura: efêmera, comercial e promocional.
Arte, design, fotografia, moda, poesia são, ao mesmo tempo, inspiração e ferramenta de trabalho.
- A Liquens é responsável pelo projeto indoor e outdoor da Semana ARP da Comunicação há 11 anos. Como tem sido essa experiência?
É desafiadora a cada ano. Temos que reinventar conceitos e ideias para que a cada ano tenhamos algo novo. Para desenharmos as ações na rua, a inspiração vem das necessidades e vivências cotidianas. Somos cidadãos. Sabemos o que as pessoas que transitam pelas ruas e pelo bairro querem ou precisam. Ou querem, mas não sabem que precisam: inspiração, informação, serviço. E como carinhosamente chamamos: "gentilezas".
- O que é mais desafiador a cada nova edição do evento?
Por incrível que pareça é a parte do suor, da produção. Colocar de pé, no prazo, com todas as condicionantes impostas é sempre desafiador. E sempre parece que será impossível. Coordenar todas as equipes montando [ e desmontando ] ao mesmo tempo: palestras, os espaços da rua, jantar da propaganda. Coordenar aprovações com a ARP, patrocinadores, órgãos vigentes, controlar orçamento? Este lado, quase nunca lembramos, mas é tão desafiador quanto ter uma ideia original ou inédita.
- Há algum projeto que você considera mais especial?
Para a ARP, ao longo destes 11 anos, sendo oito deles na rua, temos um carinho e um orgulho intenso de quatro momentos: Em 2006, ainda 100% indoor, a intervenção no Parque Fabril da Renner: o grande loft. Ao irmos para a rua, A Exposição da Memória da Propaganda na Passarela do Parcão, sobre a Avenida Goethe, as bike-taxis, que trouxemos para Porto Alegre e, em seu primeiro ano, circularam pelo bairro na "pura subversão do Joel", quase sem aprovação da Prefeitura. E, ainda, os Parklets: junto com a ARP, implantamos pela primeira vez a Porto Alegre no ano passado. A Exposição da passarela é um projeto que nos enche de orgulho, porque é uma intervenção num espaço da cidade que jamais se repetiu. Este fato nos encanta.
- Quais são os planos para os próximos cinco anos?
Sermos grandes, sendo pequenos. E sempre: se re-inventar, subverter e surpreender.