Cinco perguntas para Karla Krieger

Comunicadora mudou o rumo da profissão e, paralelo ao programa Atualidades Pampa, investe no Kanal K

Karla Krieger | Divulgação
1- Quem é você, de onde vem e o que faz?
Sou Karla Krieger advogada de formação, na vida jornalista e comunicadora. Casada, mãe de três meninas, uma de 21 anos, a outra de 13 e a pequena, raspa do tacho, quase quatro. Fui mãe jovem, aos 18, a partir daí me formei em Direito pela PUC e, posteriormente, mudei o rumo. Quando entrei para a área do Jornalismo e Comunicação, tive dois grandes professores: Antônio Amancio Canhães, no Rio de Janeiro, e Clóvis Duarte, em Porto Alegre (por óbvio). Aliás, os encontros com pessoas que julgo especiais são marca registrada para mim. Na TV Assembleia, criei, apresentei, produzi e até editei o Em Cartaz, programa que abre espaço para os artistas gaúchos, juntamente com Caetano Silveira. Apresentei o telejornal Espaço Público, quando a editora-chefe era a Graça Vasquez. Nessa época, o Espaço Público se tornou um programa mais interativo e dinâmico. Sempre gostei de construir por onde passei. Na Rede Pampa de Comunicação, onde estou até hoje, comecei como comunicadora do Programa Clóvis Duarte e, no momento, sou uma das apresentadoras do Atualidades Pampa, um grande sucesso na televisão gaúcha. O Kanal K é meu novo projeto, meu novo "amor" dentro da profissão que lá pelas tantas eu escolhi.
2- Por que decidiu atuar na área de Comunicação?
Certo dia, virei o tapete. Foi em 2004. Decidi, mesmo com duas filhas, que iria atrás daquilo que eu tinha tentado aos 18 e não tinha conseguido. Na época, passei em Direito, não passei em Artes Cênicas e no mesmo ano engravidei. Não me apaixonei pelo Direito, para desespero do meu pai, mas hoje agradeço minha formação pois me serve de base. Comecei fazendo teatro no TEPA, com o grande e querido Zé Adão Barbosa. Fui para o Rio de Janeiro e tive a sorte de estar nas mãos de Antonio Amancio. Voltei e entrei no mercado gaúcho. Conheci Clóvis Duarte e, desde então, a comunicação me fascinou pois, através dela, é possível ser instrumento de transformação da sociedade, dando às pessoas a possibilidade de formar a sua opinião. Julgo que seja uma tarefa de extrema responsabilidade, ainda mais que trabalho em um programa de opinião. Aliás, esse momento político que vivemos tem dado uma conotação ainda mais importante para os comunicadores.
3- Como se deu o processo de desenvolvimento do Kanal K?
O mercado gaúcho no jornalismo não é fácil, aprendi isso com Clóvis Duarte e sempre o admirei porque soube fazer um jornalismo independente. Fazia muito tempo e já pensava em ter um programa meu. Fui amadurecer a ideia através de um trabalho com a coach Cintia Benso. A partir de lá, entendi que o que mais queria era compartilhar ideias, experiências, opiniões e vivências, mas não só as minhas e sim das pessoas talentosas que conheci na vida. Foi a partir desse amadurecimento que percebi que meu projeto poderia ir além de um site com o meu nome. Deveria ser um canal de comunicação que tivesse também a minha cara. Então brilhou a ideia: por que não trazer para o mundo virtual o conceito do coworking? Agregar pessoas, agregar redes sociais e possibilitar, através da área de opinião, um lugar para manifestação e debate dos grandes temas da atualidade, sem censura, mas com responsabilidade. Surgiu, então, o Kanal K, uma TV online, que tem como assinatura #compartilhareumaarte e #fazerpensareumaarte.
4- Como conciliar as produções do canal e do programa Atualidades Pampa?
Um complementa o outro. Estou cada vez mais atenta às informações e novidades. O mais difícil, pois parece que 24 horas é pouco no dia, é conciliar tudo isso com as tarefas de casa. Para mim, nunca foi diferente, o que procuro é envolver as meninas no meu trabalho. Minha filha mais velha está se formando em Jornalismo, a do meio adora e sabe tudo sobre redes sociais e internet. Acabo tendo aliadas em casa.
5- Quais são os planos para o futuro?
Não penso muito no futuro distante. Para o momento, planejo viajar para o México no meu aniversário dos 40 anos.  Meu novo guru da Astrologia Védica disse que a conjuntura estará favorável (essa parte ainda não tinha contado, sou mística). Com o Atualidades Pampa e o Kanal K, quero, cada vez mais, entrar na casa das pessoas e fazer elas compreenderem que precisam se envolver nas questões importantes para o País e para o mundo. Desejo uma nova consciência coletiva. Quero, ainda, compartilhar ideias e momentos de descontração para que a vida não fique tão dura. Não quero ter muitos planos, pois sou um ser em transformação. Quero ver um mundo melhor, com pessoas melhores, mas isso pode ser meu lado "Poliana" de ser, que, no momento, não abro mão.

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