Canais fast pretendem auxiliar a moldar uma nova lógica de consumo audiovisual

Conteúdo conta com grade linear, acesso gratuito e sustentação publicitária

O veículo Propmark realizou entrevista com representantes de plataformas, canais e empresas - Crédito: Divulgação

Os canais fast, ou canais gratuitos com suporte a anúncios, devem ganhar espaço no Brasil e visam ajudar a moldar uma nova lógica de consumo audiovisual. Com grade linear, acesso gratuito e sustentação publicitária, esse formato tem se consolidado em plataformas de TV conectada (CTV) como os hubs das fabricantes Samsung e TCL, e atrai veículos tradicionais e nativos digitais.

De acordo com a pesquisa da Comscore sobre TV Conectada no Brasil, 64% da população digital brasileira já consome conteúdo via CTV, o que representa aproximadamente 84 milhões de pessoas. E a inserção da televisão conectada no País subiu de 50% para 64%. Em entrevista ao site Propmark, foram realizadas conversas com representantes de plataformas, canais e empresas que operam nos bastidores do ecossistema fast. Entre os entrevistados, estiveram executivos da TCL e Samsung TV Plus, fornecedoras dos dispositivos com hubs integrados, além de responsáveis por canais como Jovem Pan, Times Brasil e UOL.

A reportagem também ouviu a empresa de tecnologia XR Global, que atua na adequação técnica dos filmes publicitários para as CTVs, e o professor João Oliver, da ESPM, que analisa o avanço dos canais fast no contexto midiático brasileiro. Para João, o modelo representa uma evolução da televisão aberta ao incorporar os atributos digitais. "A fast TV combina a conveniência do streaming com o alcance da TV linear. É um conteúdo gratuito, suportado por anúncios, como na televisão tradicional, mas com a possibilidade de segmentação, algo que não era viável nos antigos modelos abertos", aponta.

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