Cinco perguntas para Fabrício Falkowski
Há 25 anos como repórter do Correio do Povo, profissional começou a carreira na Sogipa

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Meu nome é Fabrício Falkowski. Sou filho de Celso e Joana, casado com Alessandra e pai de Helena e Fred. Desde criança, sempre fui curioso e preferi escutar mais do que falar. O gosto por uma boa história me levou naturalmente ao Jornalismo. Em janeiro de 2000, formei-me pela Famecos, um ano após concluir o curso de História na Ufrgs.
Minha jornada profissional começou em 1999, como estagiário na Assessoria de Comunicação da Sogipa. Ainda naquele ano, às vésperas da formatura, iniciei no Correio do Povo, na área de Diagramação. Dois meses depois, fui convidado a integrar a editoria de Esportes, assumindo a cobertura diária do Inter.
Hoje, sigo atuando na Sogipa, onde também sou sócio e onde meus filhos têm a segunda casa, e no Correio do Povo. Tenho orgulho desta trajetória porque, para permanecer tanto tempo em dois lugares de tanta relevância para o Rio Grande do Sul, mesmo tendo oportunidades para sair, demonstra que fiz algo de bom para ambos. E, é claro, recebi muito em troca.
2 - Como foi o seu início na profissão?
Era outro tempo: as coisas aconteciam mais lentamente, e a gente tinha mais tempo para apurar as informações e escrever sem tanta pressa. Acostumei-me à rotina dura, sem hora ou finais de semana, procurei me adaptar aos novos tempos, mas sempre fui um adicto à notícia. Ao longo dos anos, viajei muito, conheci diversos lugares, participei de grandes coberturas. O Jornalismo me deu muito, e sou grato por isso.
3 - Recentemente, você escreveu um livro que conta a história do Inter, aliado com a sua trajetória no Jornalismo. Como foi essa experiência?
Sou um privilegiado por, devido à minha função no Jornalismo, ter sido um observador atento e próximo de tudo que aconteceu no Inter nos últimos 25 anos, dentro e fora de campo. Acompanhei o clube em seus momentos mais gloriosos, como o título de campeão mundial no Japão, mas também estive presente quando o time foi rebaixado para a segunda divisão, no Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita.
Resolvi reunir todas essas experiências, causos e histórias de bastidores, além de algumas reflexões sobre o próprio jornalismo, em um livro. Conto, por exemplo, como investiguei cada etapa do caso Piffero, entre outras histórias. O resultado ficou em mais de 400 páginas, que acredito poderem agradar não apenas aos colorados, mas a todos que apreciam boas histórias, incluindo jornalistas e futuros jornalistas.
4 - Durante esses 25 anos de história, vivenciou diversos bastidores. Como funciona a sua relação com as fontes internas no clube?
Gosto de dizer que o jornalista precisa estar suficientemente próximo das fontes para que elas o atendam quando necessário, mas distante o bastante para não se sentir constrangido a escrever o que precisa ser escrito. É uma linha tênue, mas que deve ser observada no dia a dia. Particularmente, nunca trabalhei com o objetivo de fazer amigos, embora tenha feito muitos, inclusive entre as fontes, ao longo de tantos anos.
Portanto, se um dirigente entende que eu possa fazer uma matéria criticando sua atuação e, mesmo assim, continua me atendendo, conversando comigo e, em alguns casos, sendo meu amigo, só posso me orgulhar. Pretendo continuar assim. Acho que está funcionando.
5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Daqui a cinco anos quero continuar vivendo do jornalismo e contando boas histórias. Há muito o que fazer ainda.