As eleições majoritárias de 2022 estão cada vez mais perto. A votação em primeiro turno ocorrerá em pouco menos de dois meses, em 2 de outubro. Como de praxe, este é o momento em que toda a imprensa se organiza para semanas de coberturas. Com o Grupo Bandeirantes não seria diferente, e as preparações começaram ainda em janeiro, junto à matriz, em São Paulo.

Em conversa com Coletiva.net, o diretor de jornalismo do veículo, Luiz Eduardo Rezende, revelou que a organização da Band RS começou em maio, porém as reuniões com a rede se iniciaram em janeiro deste ano. "Nós pensamos nas eleições como uma Copa do Mundo, as tratativas começaram em janeiro para estabelecer cenários e datas. Tudo foi definido no início do ano", contou.

A partir daí, começou a organização na sucursal gaúcha. Questões locais, como grade de programação e operações, foram colocadas em pauta. Além disso, a Band RS ainda precisou adaptar materiais gráficos e vinhetas, que são utilizadas nacionalmente em todas as emissoras de TV da Bandeirantes. No entanto, Rezende garante que não há empecilhos. "São processos da Band que a gente já faz há várias eleições. Então, a turma está preparada", informou.

E a largada do grupo de Comunicação na cobertura eleitoral começa no próximo domingo, 7, com o primeiro debate televisivo entre candidatos aos governos estaduais. A iniciativa acontece no mesmo dia e horário em todas as filiais do canal. Aqui no Estado, uma operação multiplataforma, que conta com cem profissionais, foi montada. Conteúdos serão veiculados simultaneamente em televisão, rádio, YouTube e redes sociais. No dia da votação, por exemplo, a equipe toda será convocada, incluindo jornalistas do Esporte, que completarão a cobertura na hora do voto e durante a apuração.

A ação multimídia, no entanto, é marca do Jornalismo diário da Band, que conta com este método de trabalho para uma apuração mais ágil, conforme o executivo. Rezende explica ainda que não há complicações para adaptar esta metodologia para as eleições. "A gente já está acostumado no dia a dia com isso, o que facilita quando tem uma cobertura maior", disse.

O debate, porém, começa nesta quinta-feira para os profissionais da Bandeirantes. Rezende, por exemplo, durante a manhã esteve em reunião com representantes dos oito partidos que debaterão. "A gente definiu a ordem e reafirmou o compromisso do horário", revelou o profissional. Ainda no mesmo dia, mas à tarde, foi realizado o ensaio de câmeras, e no sábado, 6, a estrutura do estúdio terminará de ser montada com um telão de 16 metros de comprimento. Já no domingo, 7, entradas ao vivo durante a programação nacional e local começam às 9h. A partir das 18h é realizado um último ensaio geral "para as 21h o debate estar redondo".

Os destaques do debate serão publicados no Twitter e no Instagram. A atração também estará nas rádios da emissora e no canal do YouTube. Logo após o encerramento, o Canal Livre entra em cena. "Todas as praças, que estão fazendo o debate, vão participar de alguma forma, com algum repórter, algum comentarista. Uma análise dos debates feita por especialistas", contou Rezende.

O pleito de 2022 promete ser o mais polarizado desde a redemocratização em 1989, conforme as últimas pesquisas. Apesar disso, o gerente de jornalismo da Band RS afirma que o veículo não tomou nenhuma medida diferente, e que continuará prezando por uma cobertura isenta. Ele ainda diz que os comentaristas políticos do veículo, Guilherme Macalossi, Oziris Marins e Rogério Mendelski , têm a liberdade de opiniões garantidas. 

Por fim, Rezende deixou claro que a cobertura eleitoral da emissora será baseada em fatos. "Tudo tem que ser isento em um  processo eleitoral. Tu tens que ser um prestador de serviço, realmente. Tens que falar sobre os fatos, os acontecimentos. Vamos analisar após estar todo mundo eleito, mas a hora do voto a gente tem que cobrir com lisura e isenção", completa.