Fenaj apresenta protocolo de enfrentamento à violência contra jornalistas
Documento estabelece diretrizes mais ágeis e coordenadas para a atuação sindical diante de diferentes formas de agressão à categoria

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) apresentou, em plenária virtual realizada na segunda-feira, 30, a atualização do Protocolo Interno de Atuação nos Casos de Violência contra Jornalistas. O documento estabelece diretrizes mais ágeis e coordenadas para a atuação sindical diante de diferentes formas de agressão à categoria.
Voltado aos Sindicatos de Jornalistas de todo o país, o protocolo sistematiza procedimentos já adotados e organiza a resposta institucional em quatro eixos: levantamento de informações, manifestação e denúncia pública, acolhimento e apoio à vítima, e acompanhamento dos casos. A proposta é ampliar a rede de proteção aos profissionais da imprensa e fortalecer a atuação das entidades locais.
Participaram da reunião representantes dos Sindicatos dos Jornalistas de diversos estados. Entre eles, Alexandre Lino (Alagoas), Célio Martins (Paraná), Fábio Bispo (Santa Catarina), Fernanda Gama (Bahia), Laura Santos Rocha (Rio Grande do Sul), Letícia Castro (Rio Grande do Sul), Luiz Carlos (Piauí), Márcia Raquel (Paraná), Marília (Espírito Santo), Moacy Neves (Bahia), Norian Segatto (São Paulo), Ricardo Andretto (Norte do Pará), Samira de Castro (Ceará), Stela Pastore (Rio Grande do Sul) e Wilson Reis (Amazonas).
Diretoria da Fenaj
A elaboração do material contou com participação da Diretoria da Fenaj, com destaque para a Secretaria de Saúde e Segurança, e busca responder a um cenário que, embora tenha apresentado redução nos últimos anos, ainda é considerado preocupante. Casos de agressões físicas, ataques virtuais, intimidações judiciais e ameaças no exercício da profissão continuam sendo registrados com frequência em diversas regiões.
Segundo a Fenaj, o novo protocolo servirá também como base para alimentar o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, publicado anualmente pela entidade. O documento será fortalecido com a adoção da nova Planilha Nacional de Acompanhamento (PNA), que padroniza o registro dos casos recebidos pelos sindicatos.
Entre as orientações, o protocolo recomenda a manutenção de canais permanentes de denúncia por parte das entidades estaduais. Também orienta a articulação com parceiros como a OAB, conselhos de psicologia e organizações de direitos humanos para ampliar o apoio jurídico e emocional às vítimas.
A Fenaj informou que acompanhará a implementação do protocolo nas diferentes regiões e oferecerá suporte aos sindicatos, incluindo formações e troca de experiências. A versão completa do documento será publicada no site da entidade e enviada oficialmente às filiadas nos próximos dias.