A confiança em notícias diminuiu em diversos países, inclusive no Brasil, que sofreu uma diminuição de 6%, segundo o 'Relatório de Notícias Digitais 2022' do Instituto Reuters. A queda ocorreu após o aumento temporário durante os anos críticos da pandemia de Covid-19. O estudo pesquisou mais de 90 mil consumidores em 46 mercados sobre diversos temas, como fontes de notícias sobre o clima, mudanças nos hábitos dos jovens consumidores e a percepção da cobertura da guerra na Ucrânia.

Na América Latina, além do Brasil, a Colômbia também demonstrou uma redução de três pontos percentuais até fevereiro do ano passado. Outros países latino-americanos registraram estabilidade ou ligeiras melhorias. Segundo a pesquisa, ainda que a maioria das pessoas se mantenha engajada e consuma regularmente as notícias, países com níveis de confiança mais baixos, como Eslováquia, Estados Unidos, França e Reino Unido, também demonstraram ter altos índices de repúdio seletivo de conteúdos. Tal fenômeno é caracterizado pela escolha de limitar a exposição a determinados tipos de informação, por motivos como efeitos negativos causados por algumas matérias, dificuldade em compreendê-las ou ceticismo.

Em quase metade dos mercados analisados foi averiguada uma queda na confiança geral nas notícias. Em países como a Finlândia, a cada 10 participantes, sete relataram confiar na imprensa, um aumento de 4%. No entanto, na Eslováquia e nos Estados Unidos, por exemplo, 25% das pessoas mostraram essa confiança. Ambas as nações se encontram no final do ranking.