Desde a pandemia da Covid-19, o jornal O Nacional de Passo Fundo havia diminuído a circulação impressa do noticiário. Agora, desde o início do ano, a publicação tem sua tiragem normalizada, contando com edições de terça-feira a sábado. Múcio de Castro Filho, diretor do veículo, conversou com a reportagem de Coletiva.net sobre a novidade. "O que possibilitou esse retorno foi a exigência dos assinantes e leitores", contou. 

Desde 2020, o jornal se organizou com edições impressas publicadas nas terças e quartas-feiras, além de uma versão única para as sextas, sábados e domingos. Ainda de acordo com Múcio, as mudanças no mercado editorial de jornais físicos também impossibilitaram que O Nacional retornasse à normalidade de forma mais breve. 

Com o retorno à periodicidade normal, as expectativas do profissional são de angariar novos anunciantes, uma vez que parceiros já solicitavam um maior número de tiragens semanais. "Esses são um dos principais motivos, mas também é importante por marcar uma volta às origens de O Nacional, que sempre foi um jornal diário, com exceção do período pandêmico", completou. 

Múcio ainda destacou que o aumento da tiragem também é importante para incrementar mais um fonte de renda do jornal: as vendas nas bancas, além da possível chegada de novos assinantes. "Basicamente, toda a nossa circulação é paga. Aliás, o olhar que as pessoas têm que ter é que não é possível que tudo seja de graça. Há uma empresa por trás produzindo esse conteúdo", disse.

O retorno às origens é ainda mais relevante nesse momento, uma vez que o jornal completará, em 2025, 100 anos de existência, sendo Múcio parte da terceira geração que comanda o diário, substituindo o pai, Múcio de Castro. O diretor ainda é irmão do jornalista Tarso de Castro, que começou a profissão no veículo passo-fundense até seguir a carreira no Rio de Janeiro e em São Paulo. "Essa importância histórica da família para o Jornalismo gaúcho e brasileiro alavanca o nome de O Nacional", concluiu.