Adeus ano velho...

Por Elis Radmann

O refrão da música 'Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo' é aquele tipo de clássico que faz parte da história de muitas pessoas. Diz a letra:

Adeus ano velho
Feliz Ano Novo
Que tudo se realize

No ano que vai nascer
Muito dinheiro no bolso
Saúde pra dar e vender

Este clássico continua sendo muito contemporâneo por retratar o desejo

da maioria das pessoas, por representar à vontade por dias melhores.

E depois de uma pandemia e de uma eleição polarizada com questionamento à democracia e pedidos de intervenção militar, nada melhor do que iniciar desejando a todos um ano com muita paz e união, alicerçada em muito respeito.

Quando se pensa na frase, "que tudo se realize", cada pessoa tem um propósito ou metas de realização. Muitas querem achar o par perfeito, outras querem ter um novo status de relacionamento. Tem aqueles que querem aumentar a família e os que desejam morar sozinhos. Uns procuram emprego, outros querem mudar de trabalho. Tem os que estão pensando em empreender e os que querem largar esta vida. Tem aqueles que sonham com uma vaga na Universidade, os que comemoram por ingressarem e os que contam os minutos para se tornarem egressos. 

"Que tudo se realize" é um significante vazio, pois significa tudo e nada ao mesmo tempo. Mas quando ouvimos esta música, cantamos a estrofe com paixão, com uma entonação de voz que transborda sentimentos. E é isso que representa a virada de ano, uma renovação de sentimentos, uma inspiração motivacional para a próxima etapa. É como se fosse aquele momento de respirar fundo, renovar a crença e reafirmar, vamos em frente!

Mas como todo projeto pessoal precisa de recursos financeiros, também se deseja "dinheiro no bolso". Ainda mais em um momento de assombro inflacionário. As pessoas almejam pela estabilidade econômica do país, para que possam planejar o seu crescimento financeiro. Sabem que se o país vai bem, as pessoas vão bem. A afirmação contrária também é verdadeira, se as pessoas crescem, o país cresce.

Agora, não podemos esquecer do maior dos ímpetos: "saúde para dar e vender". Sem dúvida, diz o dito: "se temos saúde o resto a gente corre atrás". E a maior gana é pelo nosso próprio bem estar físico e mental e o de quem amamos. E quando se deseja "saúde para dar e vender", estamos falando de saúde pessoal, da saúde coletiva e do sistema de saúde como um todo. A grande expectativa da sociedade é que os cuidados e tratamento de saúde sejam mais preventivos do que curativos. Que possamos ir para um outro estágio civilizatório e que a ciência traga a cura das doenças que mais tememos, como o câncer.

Que o ano de 2023 seja muito especial para todos nós. Que este novo ciclo de nossas vidas seja repleto de um sentimento empático e que este propicie um feito dominó de gentilezas e cordialidades, regadas por muita sabedoria.

Autor
Elis Radmann é cientista social e política. Fundou o IPO - Instituto Pesquisas de Opinião em 1996 e tem a ciência como vocação e formação. Socióloga (MTB 721), obteve o Bacharel em Ciências Sociais na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e tem especialização em Ciência Política pela mesma instituição. Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Elis é conselheira da Associação Brasileira de Pesquisadores de Mercado, Opinião e Mídia (ASBPM) e Conselheira de Desburocratização e Empreendedorismo no Governo do Rio Grande do Sul. Coordenou a execução da pesquisa EPICOVID-19 no Estado. Tem coluna publicada semanalmente em vários portais de notícias e jornais do RS. E-mail para contato: [email protected]

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