Seja autêntico

Por Cris De Luca

Na noite desta quinta-feira, 23, teve a entrega do Top of Mind em Porto Alegre e, pela primeira vez, a pesquisa levantou quais eram os influenciadores/criadores de conteúdo mais lembrados pelos gaúchos. No topo da lista, Nana Rude, que estava no elenco da última edição do programa O Aprendiz, Natana de Leon, que trabalha muito com moda, Guria Natureba, o @ da Mari Weckerle, que fala sobre uma vida mais natural, mais saudável e, na sequência, apareceram Bruna Tramontina, Patti Leivas, Nelson Quinto, Hugo Gloss e Whinderson Nunes. Quando vi a lista completa, achei interessante que os nomes mais lembrados eram de gaúchos e fiquei pensando o que poderia ter levado a essas escolhas. O que coincidiu com alguns materiais que estava lendo essa semana sobre marketing de influência, um mercado que deve faturar R$2,3 bilhões em todo o mundo, segundo estudo divulgado pela Socialbakers. Acho que não é um assunto para deixar de ser discutido, né?

Mas o que todas essas pessoas citadas na pesquisa da Revista Amanhã têm em comum, por que elas são as mais lembradas? Acredito que o Nana Rude ter o nome mais forte nessa lista se deve muito por ele estar em TV aberta. Já o segui pelo Instagram, mas, pra não ficar seguindo pessoas com conteúdos em comum, acabei optando pelo Hugo Gloss, confesso. Entro no perfil dele mais para dar uma fuçada porque, afinal, a gente trabalha com isso e precisa ver o que está rolando. Dos outros nomes, acho que só não sigo o Whinderson Nunes, mas, como qualquer coisa que aconteça com ele repercute nas redes, sempre fico sabendo o que está rolando. Porém, realmente, não sou o público dele.

Acompanho muito mais a Patti, por ter uma relação mais próxima com ela (né, vizinha?), o Nelson Quinto e a Bruna Tramontina. Muitas vezes, é mais pra me divertir acompanhando as funções de estar aqui, estar lá, faz isso, faz aquilo, o que costuma consumir, com quem costuma estar. Eles são tão eles que é difícil resistir. E a Mari? Acho que é uma das criadoras de conteúdo que mais me influenciam. Não temos nem de perto o mesmo estilo de vida, mas como ela tem a questão do bem-estar em primeiro lugar, ela fala sobre o que acredita de um jeito que te cativa e te leva a pensar muita coisa. Acho que é uma das poucas pessoas que me motiva a ir para a cozinha porque vive colocando receitas de coisinhas sem glúten, fáceis de fazer, o que deixa a intolerante bem feliz por aqui. Já comprei de pingente de pedra a whey protein depois que a vi falando sobre. A gente sabe quando é de verdade, né?

Acho que é isso que todos eles têm em comum: são originais, são autênticos. Não tentam fazer tipo. Quando me perguntam como fazem para ser influenciadores, como e o que criar de conteúdo, primeiro, eu mando seguir um monte de gente que fala sobre o assunto para saber o que o mercado está falando, e, depois, aviso que tem que fazer sentido. Não adianta querer falar num assunto que não domina, que está em alta, mas que, pra ti, não faz diferença. Tem que ser real. Conte a sua história, como li num material do YouPix essa semana, que ainda trouxe como "dicas" para criadores que é essencial se conectar com as pessoas em um nível pessoal. Seja original trazendo novos pontos de vista, não tenta ir na onda de ninguém e contribua para as conversas do mundo.

As pessoas precisam te conhecer, saber como tu pensas e se reconhecer nas conversas. Porque rede social é isso: é estabelecer conexões e se abrir para o diálogo. Se você não tem intenção nenhuma de fazer isso, é melhor nem começar. Seja você e ponto.

Autor
Jornalista, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, especialista em Marketing e mestre em Comunicação - e futura relações-públicas. Possui experiência em assessoria de imprensa, comunicação corporativa, produção de conteúdo e relacionamento. Apaixonada por Marketing de Influência, também integra a diretoria da ABRP RS/SC e é professora visitante na Unisinos e no Senac RS.

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