A Associação do Mercado e Indústria Digital (AnaMid) passou a ser parceira do Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (Cenp). Na avaliação de Sebastião Ribeiro, presidente da Especial Rio Grande do Sul da entidade e sócio-fundador da Cartola Conteúdo, a adesão é "promissora". Além disso, a aproximação ocorre no momento em que o Cenp passa por uma reformulação, com nova governança e atuação mais plural e contemporânea, em sintonia com a nova agenda do mercado.

De acordo com Sebastião, existe ainda um "fosso" entre as agências que trabalham com Comunicação Digital e as que atuam exclusivamente com Propaganda. Além disso, a estrutura atual do Cenp não permite o ingresso de empresas com base no digital e, por consequência, a participação dessas em concorrências. "São passos pequenos, é necessário ter alguns ajustes nas regras de adesão ao Fórum para trazer mais oportunidades para quem está nesse ambiente", afirmou.

Para ele, o ingresso da AnaMid fortalecerá a luta destas agências. "O primeiro passo para conquistar isso é estar lá dentro, conversar olho no olho com os gestores do Cenp e buscar essa aproximação, que, na verdade, significa eliminar uma barreira entre os diferentes tipos de Comunicação", salientou. Sebastião ainda garantiu que a Especial Rio Grande do Sul se envolverá ativamente nessa discussão. "O intuito é desfazer a lacuna entre empresas de Propaganda e de Digital para que o acesso ao Fórum seja mais universal", finalizou.

Colaboração e Inovação

Dudu Godoy, vice-presidente do Cenp, afirma que a adesão da AnaMid proporcionará insights relevantes, visto que a tecnologia impactou a forma de fazer Publicidade. "Temos um caminho longo para discutir alternativas para uma concorrência mais justa. O ecossistema digital fomentado pela nova parceira pode contribuir muito não só com dados, mas, principalmente, apresentando e discutindo os desafios que nosso segmento enfrenta", pondera.

Além disso, para Rodrigo Neves, presidente nacional da AnaMid, quando as empresas se comprometem a seguir as normas estabelecidas pela autorregulação, elas demonstram um compromisso com a ética e a transparência. No entendimento do profissional, isso pode gerar mais confiança por parte dos consumidores e da sociedade em geral. "Isto, por si só, já justifica a aproximação junto ao Cenp", pontua.