Assunto do momento: Rafael Martins ensina como usar as ferramentas de IA

CEO do Share esteve presente no Empreender 40+ para realizar letramento sobre o assunto

Rafael Martins reiterou que, apesar da IA ser um assunto muito abordado nos últimos três anos, ela existe desde os anos 1950. - Crédito: Coletiva.net

Falar em Inteligência Artificial (IA) atualmente é quase que imprescindível, porém também assusta para quem não entende sobre o assunto. Foi com o intuito de realizar uma espécie de letramento em relação a essas ferramentas que o CEO do Share, Rafael Martins, subiu ao palco do Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, nesta quarta-feira, 29, para conversar com o público do Summit Empreender 40+.

Rafael começou a palestra reiterando que, apesar da IA ser um assunto muito abordado nos últimos três anos, ela existe desde os anos 1950. "Mas o que percebi nos últimos meses é que o assunto é tão profundo e tão amplo que é difícil entendermos como aplicamos no nosso dia a dia e trabalho. 

Do ponto de vista de empreender, temos a percepção que a IA pode nos ajudar a fazer melhor o que fazemos e mais rápido, além de nos ajudar a ganhar mais dinheiro", relatou, ao salientar que a grande pergunta que muitos estão tentando responder agora é como eu boto a IA para além do ChartGPT e uso outras ferramentas no meu no dia a dia?". 

Lâmpada Mágica

Conforme Rafael, a melhor analogia que encontrou para explicar o que é o ChatGPT, ferramenta da OpenAI, é se referir a ela como uma lâmpada mágica. "Tu dá uma esfregada, faz um pedido e ele te atende", brincou. Para Rafael, é importante entender essa lógica da IA generativa para ter a percepção de como ela atua e para o que serve. 

"Por que estamos falando sobre isso? A internet levou mais ou menos 13 anos para ter 800 milhões de usuários, enquanto o ChatGPT três anos para ter a mesma quantidade", contou, ao pontuar que: "a velocidade dele é muito mais rápida e, é por isso que é tão importante. Muitas pessoas já estão usando e estão mudando os seus negócios e tudo à nossa volta".

Após o surgimento do ChatGPT, diversas outras empresas criaram a sua ferramenta de IA generativa, a exemplo da Gemini, do Google; o Groke, do X (antigo Twitter); e o Llama, da Meta. Mas o que aconteceu depois disso? "Antes boa parte da produção de conteúdo na internet era feita por seres humanos, mas hoje já está 50% por pessoa e 50% por IA gerativa. Segundo o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a tendência é que essa porcentagem subirá para 85%", relatou.

Esta nova fase, de acordo com Rafael, está centrada em uma frase: "saímos do uau e vamos para o como". Ou seja: ficamos chocados com tudo o que a IA generativa pode fazer, mas boa parte das empresas agora estão se questionando como usá-la para vender mais. "É como saber Windows, Word e Excel. Daqui a um ano e meio, vai ser tipo isso e vamos colocar no currículo", abordou. 

Para além do básico

De acordo com Rafael, a grande maioria das pessoas que conhece usa a primeira parte da IA: consumir os modelos. Isso porque muitos não sabem que existem outras aplicações possíveis de se fazer com a IA. "Precisamos ficarmos bons em criar prompts e saber fazer boas perguntas e pedidos. Você precisa dizer quem é e definir com quem vai falar e dar uma ação clara", explicou.

Conforme Rafael, poucas pessoas sabem, mas dentro do ChatGPT há uma opção de treiná-lo com  informações da empresa para quando for criar uma campanha de Marketing, por exemplo, não precisar falar para ele toda vez quem é a sua organização. 

Outras inteligências artificiais

Além do famoso ChatGPT, Rafael também trouxe à pauta outras ferramentas de IA generativas. Dentre elas estava o Gama, que cria uma apresentação a partir de um tema e resumo do conteúdo. "Nesses casos, a ferramenta vai fazer o que eu solicitar e mudar o que eu pedir que ela altere", detalhou. Outra IA citada por ele foi a HeyGen, que gera avatares falantes realistas,e é muito usada para vídeos e apresentações. 

"Eu gravei um vídeo só meu e é o suficiente. Depois, eu só mando o texto e ele faz quantos eu quiser. Se eu tivesse gravado o áudio da minha voz, ele faria com", informou. As aplicações da ferramenta variam entre criar campanhas de venda, fazer vídeos no WhatsApp, assim como propagandas para a internet, catálogos, tutoriais, aulas e cursos, convites personalizados para eventos e etc.

O ElevenLabs, por sua vez, permite digitar um texto e gerar áudio com voz natural em várias línguas, inclusive em português. Nessa IA é possível treinar com a própria voz, para criar uma nova personalizada, e usá-la para fins de ações com telemarketing, por exemplo.

Ao encerrar, ele reafirmou que sua fala se deu muito mais para demonstrar como é fácil usar essas ferramentas. "Muita gente me pergunta no dia a dia: a IA vai substituir as pessoas? E como o André bem falou, aqui na palestra dele, ela ampliará as nossas habilidades", afirmou, ao completar: "no fim do dia segue sendo sobre pessoas, porque no final do mês segue sendo sobre resultados".


A equipe de Coletiva net está presente no no Summit Empreender 40+, realizado em 29 de outubro, no Teatro Bourbon Country, em Porto Alegre. e Comunicação, realizado em Canela, na Serra Gaúcha. Durante a cobertura, participam a gerente de Conteúdo Patrícia Lapuente, a repórter especial e social media Márcia Dihl e as assistentes de Redação Ronise Garcia e Ana Rosa Scheibe, que produzem matérias, entrevistas e bastidores diretamente do local. O público pode acompanhar a cobertura completa no portal Coletiva.net, com repercussões nas redes sociais - incluindo Facebook e Threads - e conteúdos exclusivos no Instagram e drops na Coletiva rádio.

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