Cinco Perguntas para Ronan Dannenberg

Jornalista atualmente está na Comunicação do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul

Ronan Dannenberg nasceu em Taquari, mas teve boa parte da criação em Montenegro - Crédito: Arquivo Pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Ronan Dannenberg, nascido em Taquari, mas tive boa parte da minha criação em Montenegro. Sou jornalista e, atualmente, estou na Comunicação do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS), em Porto Alegre, onde sou responsável pela Comunicação Digital.

2 - Por que optou pelo Jornalismo?

É uma coisa que vem desde minha infância. Lembro-me que eu brincava com uma gaveta velha e sem fundo, que eu usava como se fosse uma televisão. Eu colocava o rosto no meio da gaveta e ficava agindo como um apresentador de um Telejornal ou outro programa.

Depois, com cerca de 10 anos de idade, eu passei a ler muito jornal. Recortava as matérias, usava em trabalhos da escola, guardava edições. Acho que não tinha como eu ter uma carreira diferente, né? Então, cursei Jornalismo na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e nunca duvidei da escolha que eu tinha feito.

3 - Em junho de 2023 o Coren-RS celebrou bons resultados de Comunicação Digital. Como está hoje essa relação?

Já temos mais motivos para celebrar. Nossos números seguem crescendo. A nossa política é de usarmos as mais diferentes plataformas que pudermos abraçar para que nossas informações e campanhas cheguem aos profissionais de Enfermagem, priorizamos alcance e engajamento, fidelizando nosso público e obtendo bons resultados. 

Atualmente, são mais de 150 mil os trabalhadores da categoria do Rio Grande do Sul. Somente no Instagram, onde despendemos nossa maior energia, temos 68 mil seguidores. Destes, 95% são profissionais registrados no Coren-RS. Pode não parecer números altos, mas contamos nos dedos as instituições públicas que conseguem concentrar mais de 40% de seu público-alvo em uma única rede social. Isso que lidamos com termos técnicos ou muito específicos da profissão, sem que isso possa afetar o alcance das publicações.

E no meio de tudo isso, temos que somar as ações que desenvolvemos no Facebook, no TikTok, no LinkedIn, além das estratégias mais tradicionais, como pelo site do Conselho, por SMS ou Newsletter. Também estamos investindo ainda mais em vídeo.

Recentemente, lançamos o documentário 'SOS Chuvas: a força da Enfermagem na Calamidade do RS', que traz relatos de profissionais da categoria que atuaram e ainda estão atuando diante da tragédia climática que atingiu o Estado. Ainda lançaremos, em breve, o nosso podcast, 'Cafezinho com a Enfermagem', em formato videocast, e temos cinco episódio regionais para publicar do 'PodFalar Enfermagem', o podcast do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que teve uma edição regional aqui no Rio Grande do Sul, com profissionais daqui.

4 - Para você, quais são os principais desafios da profissão?

O Jornalismo precisa se reinventar e já está se reinventando. Mas ainda tem muito a fazer, principalmente na formação. É necessário ter um outro olhar que não seja quase exclusivo para o trabalho nas redações. Eu me formei em 2006 e já nessa época eram deficientes ou raras as disciplinas voltadas à Comunicação Digital e à assessoria de imprensa, nossa principal área de trabalho.

A essência do Jornalismo é a mesma, mas precisa se atualizar rapidamente para enfrentar uma série de obstáculos, desde o conteúdo não jornalístico, bom ou ruim, que já é realidade há muito tempo, como o que há de mais negativo na Comunicação hoje, as fakes news. Não podemos pensar Jornalismo atualmente sem que esse conteúdo trazido por jornalistas seja atrativo.

Não é mais só colocar as principais informações no lide. É preciso, sim, pensar que a reportagem vai precisar de um apelo que faça a pessoa parar de rolar a tela para conferir aquele material.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Tenho experiência nas principais redações do Rio Grande do Sul e estou há 14 anos atuando em órgãos públicos e conquistei muita coisa nesta área, que é muito desafiadora quando se trata de Comunicação Digital. E enfrentando todos esses obstáculos por onde passei, tenho apenas resultados a celebrar. 

Tive sucesso por onde passei, como na Coordenação de Redes Sociais da Assembleia Legislativa, como agora, no próprio Coren-RS. Eu criei um grupo com os principais "social media govers" do País, em que debatemos ideias e ajudamos uns aos outros a desenvolver ações. Esse grupo hoje é administrado pela empresa WeGov, de Santa Catarina. Seja onde eu  estiver, meu plano é me consolidar como referência entre os profissionais que atuam com redes sociais no setor público, podendo usar mais e mais plataformas que forem surgindo, aprendendo e desenvolvendo estratégias para que a informação chegue a quem precisa.

Comentários