A porto-alegrense Montag School divulgou, recentemente, os resultados de uma pesquisa sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) no mercado criativo. O levantamento qualitativo foi realizado entre maio e setembro deste ano, com 228 profissionais de 12 empresas de Publicidade, Branding, Design e Tecnologia. O objetivo foi identificar o nível de domínio das ferramentas e compreender de que forma são inseridas nas rotinas de trabalho.

Os dados apontaram que 12,7% dos entrevistados nunca utilizaram plataformas do tipo, ainda que alguns tenham tido contato indireto. Entre os demais, 86% se classificaram nos níveis iniciante ou intermediário, enquanto apenas 1,3% declarou domínio avançado para aplicar a IA em entregas profissionais. O cenário indica que o uso permanece associado à experimentação e não está incorporado de forma recorrente nos processos.

As ferramentas mais citadas foram ChatGPT, com 87,7% das menções, seguida de Gemini, Midjourney e Adobe Firefly. Os participantes também mencionaram os programas Visual Electric, Leonardo AI e Claude, indicando variedade na exploração. As situações de uso mais lembradas envolvem criação de conteúdo, geração de ideias e otimização de tempo e processos, com a tecnologia vista como apoio estratégico e complementar.

O estudo reforçou ainda a intenção de ampliar o conhecimento e estruturar o aprendizado. As áreas de interesse incluem interação mais eficiente com comandos, domínio de plataformas e integração ao fluxo criativo. "A pesquisa revela um cenário de curiosidade alta, base técnica ainda limitada e necessidade de referências práticas. Mais do que ensinar a operar ferramentas, é preciso mostrar como a IA se conecta ao fluxo criativo profissional", finaliza Bruno Deos, designer e fundador da Montag School.