Morre, aos 87 anos, o jornalista e escritor Walter Galvani

Ele faleceu nesta madrugada vítima de uma parada cardíaca

O jornalista, escritor e professor Walter Galvani da Silveira - Reprodução/Facebook

O Jornalismo gaúcho amanheceu em luto. Na madrugada desta terça-feira, 29, morreu, aos 87 anos, o jornalista, escritor e professor Walter Galvani da Silveira, vítima de uma parada cardíaca. Ele estava internado para uma cirurgia de correção em uma válvula localizada no coração, no hospital Mãe de Deus de Porto Alegre. Também foi positivado para a Covid-19, e, por conta disso, apresentava um quadro debilitado. A confirmação foi feita pela filha Alessandra Elisabete Velho Galvani da Silveira. O corpo será cremado.

Walter nasceu no município de Canoas, onde fez seus estudos no colégio La Salle. Estreou no Jornalismo na cidade natal, ajudando a fundar o jornal Expressão, em agosto de 1954. No ano seguinte, iniciou no Correio do Povo, onde trabalhou por 50 anos. Além do CP, também atuou em diversos veículos da Caldas Júnior. Ele ainda foi chefe de Reportagem da Folha da Tarde e diretor de Redação da Folha da Manhã e, ao longo da vida, foi autor de diversos livros como 'Um Século de Poder: Os bastidores da Caldas Júnior' e 'Nau Capitânia', pelo qual recebeu o prêmio 'Casa De Las Américas'.

                                                                                                    Walter Galvani (1934)

Mais recentemente, ele escrevia para os jornais ABC Domingo, do Grupo Sinos, e para o Diário Popular, de Pelotas. Eventualmente, seus textos apareciam na revista da Academia Rio-Grandense de Letras, onde ocupava a cadeira de número 25 e redigia para o jornal A Razão, de Santa Maria. Em 2017, recebeu a Medalha Alberto André, da Associação Riograndense de Imprensa (ARI). Além disso, já foi patrono da 'Feira do Livro' de Porto Alegre e presidente do Conselho Estadual de Cultura.

Nas redes sociais, mensagens de familiares e amigos marcam homenagens de despedida. Em texto, o seu neto Lucas Gonçalves escreveu: "Vá em paz, meu avô, Walter Galvani. Tenho certeza que agora está em um lugar bem melhor e junto com todos os teus amigos da literatura, jornalismo e comunicadores. Teu legado será sempre lembrado por todos. Obrigado por tudo, vô!", diz, em parte do texto. 

De acordo com a viúva Carla Irigaray, não ocorrerá velório em decorrência da pandemia da Covid-19. A despedida acontece ainda hoje, sendo somente uma pequena cerimônia de cremação, restrita para a família, em local ainda não confirmado à reportagem do Coletiva.net

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