Publicitário gaúcho está entre os 30 jovens que mudaram a Comunicação no Brasil

Lucas Schuch integra a lista feita pelo coletivo Papel e Caneta

O gaúcho Lucas Schuch é um dos 30 jovens que influenciaram a mudança na comunicação em 2020 - Pedro Amaral

O coletivo Papel e Caneta fez um ranking com os 30 jovens que se empenharam para mudar a Comunicação no Brasil, em 2020. Conforme o idealizador, André Chaves, o objetivo da lista é iluminar projetos de mudança que foram criados de forma independente. Dentre os nomes reconhecidos está o de um gaúcho: Lucas Schuch.

Para o publicitário, estar entre os destaques ilustra que é possível buscar uma Publicidade diferente e que transformar a indústria da Comunicação é possível. "Mas, especialmente, mostra que não são pontos de vista isolados, de pessoas que simplesmente decidiram 'não gostar da publicidade'. É por se importar tanto com ela que todos estes projetos incríveis surgem. Para dialogar sobre uma outra indústria, mais sustentável, equânime e proporcional", afirmou ao portal Coletiva.net.

Natural de Santa Maria, Lucas é formado em Publicidade e doutorando em Comunicação. Durante a pandemia ele desenvolveu a pesquisa 'Home Office: tá bom para todo mundo? Mesmo?'. A pesquisa, que ouviu 435 profissionais de 269 agências do País, teve o objetivo de verificar a disparidade entre a visão da liderança e a de trabalhadores da indústria. 

Os líderes diziam em entrevistas públicas que o trabalho digital fazia parte do DNA das empresas, mas em conversas com amigos, Lucas percebia o contrário. Por isso, ele decidiu investigar. A conclusão foi que as agências não estavam preparadas para o home office e os funcionários apontaram problemas, como uma cobrança maior. "Essas pessoas estavam se sentindo desesperançosas em relação ao futuro, fazendo entregas excessivas por estarem com medo de perderem os postos de trabalho", relatou.  

Sobre como o seu trabalho pode contribuir para a mudança, Lucas afirmou que fica feliz de dar voz aos profissionais, não só para os empresários, além de propor o diálogo entre as lideranças que leram a pesquisa e gostaram das sugestões propostas. "Ainda temos um longo caminho pela frente para suavizar essa hierarquia latente na indústria. Se a pesquisa conseguiu ajudar nisto, eu já fico bem feliz!".

Para o Coletiva.net, André explicou que a escolha dos nomes iniciou já no princípio do ano, quando ele começou a pesquisa, fez anotações, conversou com os participantes dos projetos para entender o sentido e a dimensão de cada ideia. Assim, ele acredita que a divulgação desses profissionais contribui para a inovação. "A transformação começa quando a gente percebe que o futuro precisa ser coletivo,  não competitivo. Em um mercado que está sempre competindo para apontar quem tem mais retorno ou visibilidade, a lista serve de inspiração para que cada vez mais a gente possa se unir e trabalhar em conjunto", acredita.

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