Sindjors denuncia ataques e tentativas de desqualificação da profissão de Jornalista no início de 2025

Reclamações recentes revelam situações em São Leopoldo, Ijuí e Bagé

Denúncias nas cidades de Bagé, Ijuí e São Leopoldo estão sendo apuradas - Crédito: Divulgação

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) manifesta preocupação com medidas que ameaçam o exercício da profissão e prejudicam a comunicação ética no Estado. Denúncias recentes revelam situações em São Leopoldo, Ijuí e Bagé. Na sequência, o Sindicato elenca alguns dos casos ocorridos nos últimos dias. 

Na Câmara de Vereadores de São Leopoldo, a presidente Iara Cardoso (PDT) publicou uma portaria que suspendeu todos os cargos de assessor de imprensa das bancadas, afetando nomeações já realizadas por partidos como PT, PP, PSD, PDT e PL. Conforme manifesta a entidade, a função é necessária, exigindo formação em Jornalismo a fim de que se garanta uma comunicação técnica, ética e que respeite o compromisso com a sociedade. 

Em Ijuí, a Câmara de Vereadores propôs, por meio da Mesa Diretora, alterar os critérios para ocupação do cargo de assessor de Comunicação, que atualmente exige formação em Jornalismo. Pela proposta, bastaria ter ensino médio completo para assumir a posição. A justificativa da Câmara baseia-se na decisão do Supremo Tribunal Federal que, em 2009, retirou a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. Na luta pela valorização da categoria, o Sindjors ressalta que cargos dessa natureza são fundamentais para garantir a comunicação ética e confiável entre o poder público e a sociedade, e que mudanças como essa representam retrocessos que afetam o Jornalismo e, consequentemente, a democracia. 

Em Bagé, a situação envolve o jornal local Folha do Sul, que publicou um anúncio de emprego, gerando descontentamento por parte da categoria, que o considerou desrespeitável. O texto dizia: "Você que escolheu Jornalismo por profissão, que precisa estudar e conhecer de tudo para trabalhar muito e ganhar muito pouco, seus problemas acabaram. Venha trabalhar conosco, pois seu lugar é aqui."

Sobre o caso, em texto escrito pela presidente do Sindicato, Laura Santos Rocha manifesta: "(?) um país que não respeita os trabalhadores da imprensa e desconhece seu papel fundamental em informar a sociedade, é um local com sua democracia em risco. Quanto às denúncias, o Sindicato informa que seguirá vigilante e na defesa do Jornalismo profissional e cobrará dessas instituições que a categoria seja respeitada e valorizada, garantindo à sociedade acesso público à informação ética e plural."

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