Agência e21: Décadas de rock 'n' roll nas veias

Assim como a música, empresa promove "artistas" a fim construir ideias que marcam a vida das pessoas

 

Nem sempre a primeira impressão é a que fica. Quem observa a e21 pode pensar: "Uma típica agência de Publicidade", uma vez que nota-se a clássica empresa, com equipes de trabalhos ativas e criativas. Porém, a segunda percepção é a que, de fato, deve prevalecer. Nela, exalta-se robustez e história, características que impactam logo ao ingressar na recepção da sede. Afinal de contas, quem não gostaria de estampar em sua parede alguns dos mais de 450 prêmios publicitários? É como se o local dissesse: "Aqui, não estamos para brincadeira."

Apesar da impressão física, está no estilo o grande segredo desta agência: rock 'n' roll nas veias. Até mesmo aqueles que não são "chegados" neste gênero são fisgados pelo formato que, simplesmente, abraça qualquer indivíduo. E, não, não falamos de pessoas roqueiras e, sim, de um ambiente regido pelos principais elementos do Rock. Na essência, encontra-se na música uma vida para se tornarem artistas a fim de promover ideias que marcam as pessoas, a exemplo dos grandes hits mundiais. 

E isso parece se tratar de uma filosofia, que fica evidenciada logo no hall, onde se apresenta a imagem do cantor Elvis Presley, junto da sigla TCB - Take Care of Business, que significa "Cuidar dos Negócios", em tradução livre. "Ou seja, somos música, mas, somos um negócio. E precisamos tocar ele com respostas rápidas e eficientes, como um raio. A gente usa essa metáfora para a nossa prestação de serviços", contextualiza o publicitário e CEO da e21, Luciano Vignoli

É nessa batida que o ritmo pulsa na agência, assim como os grandes astros da música, que se utilizam dos instrumentos para colocar em prática talentos e, assim, influenciar vidas. Dos mais experientes aos mais novos, todos entendem que essa é a atuação que levou a e21 para as quase quatro décadas de existência. Aliás, por citar os mais jovens, a publicitária Camila Giovana é uma das mais novas na empresa. Há menos de um ano no Atendimento, busca aprender com os grandes: "Vim de agências menores e, hoje, na e21, posso desfrutar um pouco dos processos de uma grande marca. Pretendo ir longe aqui", destaca.   

Histórias para contar

Em uma empresa dessa idade, o que não falta são boas histórias para contar. Isso porque existem figuras que se confundem com a trajetória da própria agência. São daquelas que fazem as pessoas dizerem: "Não me vejo em outro ambiente, essa empresa é a minha casa". Esse é o caso do designer Carlos Soares, que há duas décadas faz parte da e21. Sentar para ouvir as histórias do profissional é quase uma aula, pois são tantas que se pode ficar horas escutando. 

O cara é alto-astral e não pode faltar no dia a dia da empresa, seja pela troca de experiências, seja pelos bate-papos. Inclusive, internamente, existe uma brincadeira, em relação ao número de detalhes que ele relata nas conversas. "A pessoa precisa se preparar para ouvir o Carlos", brinca, aos risos, Daniel Ramos, diretor de Criação da agência. Uma das brincadeiras é: "Para cada pessoa que ficar por um tempo maior escutando o Carlos, recebe um 'certificado de premiação', que apresenta o recorde de tempo que parou para escutá-lo", diz Daniel. "Isso é sacanagem, mas, eles gostam das histórias, então, azar é o deles, vão ficar para escutar mesmo", descontrai Carlos. 

Carlos esteve envolvido em diversas ocasiões engraçadas. Mas foi no seu início na agência que ocorreram as maiores peripécias. "Eu tive mais sorte que juízo, quando entrei", comenta. O profissional iniciou como estagiário, ainda para um teste. Ele queria mesmo era a Criação, mas a porta de entrada foi outra. Acontece que uma das colaboradoras da área desejada acabou por sofrer um acidente e ele foi chamado para cobrir o afastamento. Quando ela retornou, o designer teve que retornar para o ambiente onde não gostaria de atuar. "Por incrível que pareça, passou alguns meses, a moça quebrou o braço e teve que se afastar novamente", disse, aos risos. "Depois disso, fui efetivado de vez na empresa", explica. 

Já o publicitário Daniel Ramos também é um dos mais antigos na empresa. Esse, iniciou em 2008, também como estagiário. Para ele, a e21 foi e, sempre será, uma escola para talentos do mercado, uma vez que existem profissionais que conquistam oportunidades para a carreira. "Aqui, eu aprendi, me desenvolvi e, ainda, tive a oportunidade de me tornar uma das lideranças", destaca. Com toda a bagagem que adquiriu durante o período na agência, em 2010, Daniel decidiu respirar outros ares. "Retornei em 2012 para outros desafios na e21, a fim de atuar em setores que eu ainda não havia experimentado", orgulha-se. 

Do estágio ao efetivo

Era 1984 quando nasceu a Estágio, empresa de Comunicação a qual Luciano Vignoli fundou junto do seu primeiro chefe. Em pouco tempo, o negócio passou a se chamar Estágio 21, um projeto de visão, que faria alusão ao século que estava por vir, uma vez que, naquele momento, tratava-se dos anos de 1990. A ideia surgiu a partir da observação de mercado, visto que se apontariam as visões das conexões de rede por meio da internet que se instalava no Brasil. A palavra "estágio" daria o nome perfeito para uma empresa que se prepararia para um novo mundo. Nesta fase, a agência contou com menos de 30 funcionários. Ainda naquele período, a agência já havia desenvolvido suas bases conceituais, que é de assumir soluções em Comunicação aos clientes, frente que mantém nos dias atuais. Em 2009, o nome foi abreviado para e21, quando completou 25 anos de trajetória. 

Em 2024, a empresa completará quatro décadas, motivo de orgulho para Luciano, como não poderia ser diferente. Conforme o CEO, a e21 aproveita e curte o momento de se rejuvenescer após todo esse tempo. "A agência não mudou, mas nos atualizamos a partir das transformações impostas pela sociedade. Aquele jeito que se fazia propaganda, de modo tradicional, não existe mais." Segundo ele, a empresa passou por uma reformulação de estrutura profunda, a fim de utilizar as diversas ferramentas digitais. "No entanto, a nossa essência não muda, que é a criatividade para resolver os problemas dos nossos clientes." 

Para o CEO, fazer 40 anos significa ter um leque de opções, com bagagem e experiência que permitem observar os melhores caminhos a serem trilhados. "Se não tivermos com o dedo no pulso, usando as ferramentas de dados, parcerias estratégicas para soluções, entre tantas outras, ficaremos para trás. Junto a isso, em nosso DNA, estão os processos sólidos de serviços prestados à Comunicação", diz. 

PUB Let's Rock 

O ambiente de trabalho é daqueles que todos os comunicadores gostam de ver: uma agência de Publicidade com profissionais que caminham de um lado para o outro, cheios de criatividade, conversando em salas privadas e com a mente repleta de ideias. E a trilha que conduz tudo isso? Claro que é o Rock. Esse, sim, é um ponto mais do que positivo a ser citado. Além das frases motivacionais de estrelas do gênero, que estão estampadas nas paredes, é possível observar quadros de muitos astros mundiais do estilo musical. 

Mas não é somente o Rock que se impõe no dia a dia dos colaboradores. Isso porque estão estampadas em algumas portas de salas reservadas para reuniões, celebridades afro-americanas do Jazz, Soul Funk e Blues. Os ambientes são destinados aos mais de 50 colaboradores, bem como seus clientes. Tudo foi pensado a fim de deixar os espaços mais aconchegantes e confortáveis para os dias de confraternização ou, até mesmo, de reuniões. O espaço é chamado de PUB Let's Rock, que significa "Vamos agitar o PUB", em tradução livre. 

Decoração à parte, outro fator preponderante são as ações. Um dos exemplos se refere ao 'Toda Terça Tem', momento destinado à troca de ideias entre todas as equipes, para o compartilhamento de visões de mercado e espaço de diálogo. "Isso significa um grande encontro, a fim de gerar oportunidades de desenvolvimento individual, por meio de assuntos relevantes para o mercado ou conversas com outros profissionais do segmento", explica Luciano. 

Futuro na análise de dados

As lideranças de equipes verbalizam otimismo sobre os próximos anos, uma vez que a e21 é uma agência com expertise no mercado e competitiva em quatro décadas de existência. "O que eu mais gosto são as pessoas que fazem o potencial criativo crescer cada vez mais dentro da e21, e isso vamos fortalecer ainda mais, visto que são elas que fazem o crescimento da empresa. Com toda a certeza, esse nosso DNA nos fará cada vez maiores", considera Daniel Ramos. 

Na mesma linha, Luciano aponta que o futuro será das análises de dados, com o intuito de realizar uma boa base para apresentar muito mais resultados palpáveis aos clientes. Além disso, ele ainda garante mais clientes para os próximos anos. "Queremos estar em um desenho de uma agência produtiva, não necessariamente enorme, mas com serviços que estarão com o cliente de maneira muito próxima. Esse será o nosso futuro", finaliza o CEO. 

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