IA Unicórnio da Gestão encerra com insights e reflexões sobre as mudanças do mercado
Conduzida por Ramon Martins da Silva, da TOTVS, apresentação foi voltada a líderes e gestores
A última apresentação do fórum IA Unicórnio da Gestão foi 'Bate-papo provocador e inspirador sobre IA para quem decide'. Conduzida por Ramon Martins da Silva, líder de Inteligência Artificial na TOTVS, a apresentação trouxe insights e reflexões para líderes que precisam tomar decisões estratégicas, considerando as mudanças frequentes do mercado.
O palestrante trouxe uma perspectiva histórica das evoluções tecnológicas mais recentes da humanidade até o cenário atual. "Estamos em um momento em que as tecnologias se sobrepõem porque elas se retroalimentam", avaliou. Ele comentou sobre as previsões de Ray Kurzweil, pioneiro nos campos de reconhecimento ótico de caracteres, síntese de voz, reconhecimento de fala e teclados eletrônicos. Segundo o inventor, até 2029 o mundo vai viver três revoluções tecnológicas, impulsionadas pela IA: biotecnologia (genética); nanotecnologia; e robótica.
Além disso, Ramon prevê que será atingido o AI Human Level, que é a capacidade hipotética de uma máquina realizar qualquer tarefa intelectual que um ser humano pode fazer, com a mesma competência e flexibilidade. "Para quem é mais cético, fica aqui a informação: a Open IA submeteu o ChatGPT a um teste de QI que atingiu 120. Então temos uma tecnologia que é mais inteligente que 98% da população mundial", argumentou.
Os saltos até a Gen AI
Entre as previsões de Ray Kurzweil citadas pelo palestrante, ele comentou sobre a relação que o inventor traçou entre o surgimento de novas tecnologias e o aumento do PIB global. "Estamos tendo a melhor oportunidade agora, pois o maior crescimento está ligado à IA", afirmou. E muito longe de ser uma evolução "da noite para o dia", o desenvolvimento da Inteligência Artificial começou há 70 anos. "Mas a grande sacada que rompeu os laboratórios de grandes empresas foi a Gen AI", afirmou.
Ramon destacou que a criação do machine learning em 1997 foi a primeira vez que se tornou possível trabalhar com dados. "Quando surge o deep learning, em 2012, conseguimos carregar dados desestruturados para treinar a máquina", acrescentou. Por sua vez, a Inteligência Artificial não apenas se alimenta desses dados desestruturados, como também os entrega. "É assim que conseguimos gerar imagens e textos, além de ter um uso muito mais intuitivo. Temos conteúdos que são mais aplicáveis no dia a dia", afirmou.
Alguns dados apresentados por Ramon dão conta de que 50% do mercado de Pequenas e Médias Empresas no Brasil já utiliza a IA de forma estruturada e estratégica, porém só 7% do mercado consegue extrair valor real dessa tecnologia. "E esse gap entre o uso e a extração de valor vai ser suprido pelos agentes de IA, que vão dar uma capacidade de formatar um uso mais prático", projetou.
Web 3.0
Ele ainda trouxe alguns cases de usos mais avançados e disruptivos da IA, como um robô desenvolvido pela startup norueguesa 1X Technologies, que faz serviços domésticos, além de uma influenciadora feita completamente por Inteligência Artificial, que tem mais de cinco milhões de seguidores nas redes sociais. Além disso, Ramon citou alguns usos da IA na saúde e projetou: "Estamos na década da cura do câncer". Um desses casos são as soluções da Neuralink para dar às pessoas com deficiência a capacidade de controlar um mouse, um teclado ou enviar uma mensagem por meio dos pensamentos.
Contudo, uma das nuances da Inteligência Artificial que mais chama a atenção atualmente é a velocidade no desenvolvimento de soluções. Enquanto há alguns anos os avanços tecnológicos custavam caro e levavam tempo para atingir uma escala muito pequena, atualmente todo esse processo passou por uma otimização.
Contudo, apesar da evolução conquistada, Ramon afirmou que o mundo ainda vive na Web 2.0, que consolida a experiência digital em telas. "Mas isso está prestes a terminar com a revolução da Web 3.0", antecipou. Nesse cenário, por meio da combinação de computação espacial, física e descentralizada, cria-se uma integração praticamente inseparável entre mundo físico e digital.
A equipe de Coletiva.net acompanha o fórum IA Unicórnio da Gestão, evento exclusivo de Inteligência Artificial para transformar a forma como líderes públicos e privados decidem, influenciam e lideram. O encontro é idealizado pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE-RS) e pela Storia Eventos. Nessa cobertura, participam a gerente de Conteúdo Patrícia Lapuente, a repórter especial e social media Márcia Dihl e as assistentes de Redação Ana Rosa Scheibe e Ronise Garcia, que produzem matérias, entrevistas e bastidores diretamente do local. Além delas, integra a equipe de reportagem a repórter especial, responsável pela editoria ColetivaTech, Sarah Acosta, que produz conteúdos especiais e aprofundados. O público pode acompanhar a cobertura completa no portal Coletiva.net, com repercussões nas redes sociais - incluindo Facebook e Threads - e conteúdos exclusivos no Instagram e drops na Coletiva.rádio.
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