Melhores e piores da Final

Por Rafael Cechin

A primeira decisão do Gauchão teve talvez um favoritismo confirmado. O Inter já estava evoluindo, recuperando desfalques importantes das partidas anteriores, só disputando Gauchão até agora em 2025, o que poupa de desgaste de viagens. E no outro lado o Grêmio não vinha bem. Passou com grandes dúvidas pelo Juventude e já tinha sofrido na Copa do Brasil. O resultado foi normal e poderia ter sido mais elástico.

Passa por atuações de luxo de alguns jogadores e do próprio técnico Roger Machado a explicação para a vitória colorada, até certo ponto tranquila. Em plena Arena Alan Patrick, Bernabei, Valencia, Carbonero, Vitão, Fernando, Victor Gabriel, Anthoni e Bruno Henrique deitaram e rolaram. Muitos destaques individuais levaram ao 2 a 0. 

Todo mundo ficou acima da nota 7. Teve ainda os retornos de Borré e Wesley, sempre importantes e mostrando qualidade. Desempenhos que dão esperança não só de confirmação de título do Gauchão no próximo domingo no Beira-Rio, mas traz boa expectativa para o resto da temporada. 

O Grêmio é que não está bem. Talvez o Braithwaite seja o único que se salva, o recém-chegado Wagner Leonardo também está ajudando bastante. E é só. Falta meio-campo, falta articulação, falta agilidade, sobra insegurança na defesa e balões para a área são a única opção para buscar o gol. O treinador Gustavo Quinteros estacionou no trabalho nas últimas semanas. Precisa reagir rápido.

O que fica para o próximo domingo no Beira-Rio? Dificilmente dá para acreditar que o tricolor reverte a vantagem colorada. Eu sei, é futebol. O ponto aqui é que o Grêmio parou de achar soluções e os reforços mais recentes, que começaram bem nos casos do Kike Oliveira e do Amuzu, não demonstram mais o melhor desempenho. Está bem longe do que os gremistas querem e merecem. E o time do Roger parece cada vez mais encaixado. Tem tudo para terminar na parte de cima da gangorra no Gauchão, mas isso só no domingo à noite vamos saber.

Autor
Jornalista graduado e pós-graduado em gestão estratégica de negócios. Atua há mais de 25 anos no mercado de comunicação, com passagem por duas décadas pelo Grupo RBS, onde ocupou diversas funções na reportagem, produção e apresentação, se tornando gestor de processos e pessoas. Comandou o esporte de GZH, Rádio Gaúcha, ZH e Diário Gaúcho até 2020, quando passou a se dedicar à própria empresa de consultoria. Ocupou também, do início de 2022 ao final de 2023, o cargo de Diretor Executivo de Comunicação no Sport Club Internacional. Atualmente mantém a própria empresa, na qual desde 2021 é sócio da Coletiva,rádio, e é Gerente de jornalismo e esporte da Rádio Guaíba.

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